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04
ago
2016

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Deputado Paulo Pimenta (PT-RS) fez críticas à seletividade da Justiça nesta quinta-feira 4, durante audiência na Câmara com a participação do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato; Pimenta apontou a ausência de mecanismos de combate à corrupção que abranja também o Poder Judiciário, criticou a captação ilegal de conversas da presidente Dilma Rousseff, condenou a condução coercitiva "sem justificativa" do ex-presidente Lula; Moro disse que não iria comentar a fala do deputado.

Rio Grande do Sul 247 – O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) criticou nesta quinta-feira 4, diante do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, a seletividade da justiça no Brasil, como no caso Banestado. O juiz participou de audiência na Comissão Especial que analisa o projeto de lei que "estabelece medidas contra a corrupção".

Pimenta também citou a falta de medidas de combate à corrupção contra juízes e procuradores que vendem sentença e apontou a ausência de mecanismos de combate à corrupção que abranja também o Poder Judiciário. "Quero ver juiz e procurador defender cassação para juízes e procuradores que vendem sentença. Hoje a pena para um juiz que vende sentença é aposentadoria com manutenção de salário integral", disse.

Durante a audiência, ao defender a aplicação de leis americanas pelos juízes brasileiros, Sérgio Moro foi rebatido por Pimenta, que fez um paralelo com as gravações de conversas feitas entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, divulgadas na imprensa. A medida foi criticada pelo STF e levou Moro a pedir desculpas.

"Quando se fala da legislação americana, imagina se um juiz de primeira instância nos Estados Unidos captasse de maneira ilegal uma conversa entre Bill Clinton, ex-presidente norte-americano, e Barack Obama e jogasse nas redes de televisão, qual teria sido a atitude da justiça americana? E então por que nós não pegamos esses exemplos para serem adotados no Brasil", afirmou Pimenta.

O deputado também condenou a condução coercitiva, definida por ele como "sem justificativa", do ex-presidente Lula, "apenas para gerar manchetes nos meios de comunicação", e lembrou que essa arbitrariedade foi criticada até por ministros do STF como "excessivas e desnecessárias".

Ao final, Sérgio Moro se recusou a comentar os questionamentos feitos pelo deputado federal Paulo Pimenta, e alegando falta de tempo se retirou da audiência, pedindo "desculpas" aos parlamentares. "Não vou comentar", declarou.

Brasil 247


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