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16
set
2016

Zé Laurentino

A morte do poeta Zé Laurentino deixou uma lacuna na poesia nordestina. Amigos usaram as redes sociais para prestar a última homenagem ao  “Poetinha”, como era chamado carinhosamente Zé Laurentino. Ele, estava enfrentando um câncer de fígado e faleceu na tarde dessa quinta-feira (15) na Clínica Santa Clara, em Campina Grande, vítima de falência múltiplas dos órgãos.

Adalberto Alves, que participou de oito edições do evento Noites da Viola com o poeta e organizou durante muitos anos o Festival de Violeiros em Campina, disse que José deixará muitas saudades.

– Na realidade, eu estou me preparando para enfrentar essa grande luta para chegar perto do José Laurentino, não em vida, mas no caixão. Ontem mesmo eu me preparei para ir ao seu velório, mas não tive coragem de chegar e olhar para um cara que foi, realmente, importante. Ele era uma pessoa magnífica, uma pessoa carinhosa, uma pessoa importante – disse Adalberto.

O professor e jornalista Massilon Gonzaga também lamentou a morte do amigo, assim como o jornalista Bastos Farias.

O poeta Erasmo Ferreira disse que foi uma perda grande e destacou que José Laurentino deixará um legado.

– É uma perda muito grande e Campina está de luto. Zé vai deixar um legado muito grande de trabalho, de humildade e de profissionalismo. Poucas pessoas ouviam a cantoria e faziam como José Laurentino. Vai ficar a lembrança pesada, mas boa, porque Zé só deixou amizade e fez coisas boas – lamentou.

O amigo Miro Pereira lamentou a morte do poeta paraibano.

– Infelizmente, ontem, ele nos deixou e a saudade prevalece. Campina tem uma perda muito grande. Não só Campina, a poesia em geral. Que ele descanse em paz ao lado dos que lá estão – lamentou.

O poeta também influenciou a nova geração. O poeta Diego Alves, que tem apenas 15 anos, disse que ficará a saudade.

– Só temos a lamentar! Eu queria muito bem a ele, que ele vá com Deus. Campina Grande hoje ficou chocada com a perda do poeta Zé Laurentino – concluiu.
O sepultamento acontece nesta sexta-feira (16), no cemitério do Cruzeiro.

O poeta era um dos ícones da literatura nordestina, sendo autor de poetas que retrataram os sentimentos, alegrias e tristezas do povo da região.

Nascido em 11 de abril de 1943, na cidade de Puxinanã, José Laurentino da Silva publicou várias obras, dentre elas: Sertão, humor e Poesia [5 edições/1990]; Meus Versos Feitos na Roça;Carta de Matuto; Na Cadeira do Dentista; Poesia do Sertão; Dois Poetas Dois Cantares [Parceria Edvaldo Perico]; A Grande História de Amor de Edmundo e Maria (Cordel); Poemas, Prosas e Glosas [1988]. (maria do socorro cardoso xavier)”.

Grande parte de seus poemas coloca em evidência o cotidiano da vida sertaneja nordestina, onde usava a linguagem característica “do matuto”.

Zé Laurentino atuou durante muito tempo na Rádio Borborema, Rádio Cidade de Esperança, e apresentou o programa Sala de Reboco na TV Borborema ao lado do poeta Amazan. Ele também foi destaque no programa Som Brasil da Rede Globo.

PB Agora


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