dom
01
jan
2017

Gaspari

"Ganha uma viagem à Coreia do Norte quem tiver lido as autolouvações publicitárias que a marquetagem oficial espalha pelo país, com o dinheiro dos impostos dos outros", diz o colunista Elio Gaspari, sobre a campanha publicitária em que Michel Temer conta diversas mentiras, a começar pelo seu próprio tempo no poder, que são 232 dias, e não 120, como na propaganda.

Em sua coluna deste domingo, o jornalista Elio Gaspari avalia que o Palácio do Planalto jogou dinheiro fora com a campanha publicitária feira por Michel Temer para exaltar sua suposta coragem.

"Ganha uma viagem à Coreia do Norte quem tiver lido as autolouvações publicitárias que a marquetagem oficial espalha pelo país, com o dinheiro dos impostos dos outros", diz ele.

Leia ainda artigo de Fernando Brito sobre "o Brasil sabujo e imbecil" da propaganda de Temer:

Temer e o Brasil sabujo e imbecil de seu comercial de TV

POR FERNANDO BRITO

Assisti, finalmente, o comercial de Michel Temer – não, não é um comercial do governo brasileiro – na televisão.

É uma peça de estupidez.

Além das mentiras que ontem se apontou aqui, com o trecho do texto antecipado pela Folha, o fecho do anúncio é de uma atroz prostituição ao capital estrangeiro.

“O mundo já reconhece que investir no Brasil voltou a ser um bom negócio”

Claro, onde é, no mundo, que se vai encontrar um governo que entregue jazidas imensas de petróleo praticamente de graça?

Onde é que se vai encontrar um país em que se possa colocar uns dólares e sair com eles generosamente multiplicados à custa de cortes na saúde, na educação e na assistência social de seu povo.

Onde é que vão encontrar um governante ilegítimo – afinal, as ditaduras escasseiam no mundo – que faça qualquer coisa para que um chefe de Estado ou um dirigente de multinacional venha posar para uma foto de cumprimentos, quando o planeta inteiro o olha de esguelha.

Somos, mais do que sempre fomos, um campo de caça do capital internacional. Somos um país de uma elite imbecil, que considera que só de fora há gente capaz de (nos) explorar as riquezas, e que algumas migalhas são o máximo que merecem por abrir a porteira, escancaradamente.

O Brasil “voltou a ser um bom negócio” porque o país está controlado por barraqueiros de feira na hora da xepa, vergado, destruído, arruinado, pedinte.

Regido – porque se comportam mesmo como rei pela usurpação – por um bando, como dizia o velho Brizola, de vendilhões da pátria.

Repito o que já disse: a propaganda do Temer é a cara do Temer.

Um evidente mau negócio para o Brasil.

Brasil 247


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