ter
07
mar
2017

temer_propina

Em depoimento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-vice-presidente da Odebrecht Cláudio Melo Filho reafirmou que Michel Temer pediu, sim, dinheiro à empreiteira durante as eleições de 2014; Melo Filho foi ouvido em Brasília por cerca de 45 minutos pelo ministro Herman Benjamin em meio ao processo de cassação da chapa Dilma-Temer, depoimento do delator complica defesa de Temer, que tentava sustentar a tese de que ele não pediu dinheiro e nem esteve presente em nenhuma negociação de doações para a campanha; uma estratégia que contradiz o próprio peemedebista, que há pouco mais de uma semana divulgou uma nota oficial afirmando que Temer "pediu auxílio formal e oficial à Construtora Norberto Odebrecht"; com cada vez mais evidências da participação direta do peemedebista, o ministro Benjamin fatalmente deve pedir a cassação de Temer.

Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente da Odebrecht, reafirmou em depoimento que Michel Temer pediu "apoio financeiro" da empreiteira ao partido durante as eleições de 2014. Melo Filho foi ouvido em Brasília por cerca de 45 minutos pelo ministro Herman Benjamin em meio ao processo de cassação da chapa Dilma Rousseff-Temer.

A afirmação complica ainda mais a defesa de Michel Temer, que em nota oficial há pouco mais de uma semana admitiu ter pedido dinheiro à empreiteira, mas de forma "oficial".

As informações são de reportagem de Bela Megale, Camila Mattoso e Letícia Casado na Folha de S.Paulo.

"Melo Filho reiterou o teor da sua delação premiada em que descreveu um jantar ocorrido no Palácio do Jaburu em maio 2014.

O vazamento do documento que continha a versão do ex-executivo aos procuradores da Lava Jato foi o que provocou Benjamin a convocar os depoimentos de delatores da empreiteira.

Segundo Melo Filho, no encontro, Temer, que na época ocupava o cargo de vice-presidente e pleiteava a reeleição, pediu apoio financeiro ao seu partido, mas não falou em valores.

No jantar estavam Temer (então vice-presidente da República), Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, e Eliseu Padilha, hoje ministro da Casa Civil.

Segundo a delação, naquele encontro ficou definido o repasse de R$ 10 milhões da empreiteira ao PMDB.

‘Eu participei de um jantar no palácio do Jaburu juntamente com Marcelo Odebrecht, Michel Temer e Eliseu Padilha. Michel Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as Campanhas do PMDB no ano de 2014’, diz trecho do documento de colaboração do ex-executivo."

Brasil 247


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