seg
10
abr
2017

temer_aguinaldo

Focado na aprovação da reforma previdenciária, o presidente Michel Temer aproveitou o domingo para se reunir com ministros representantes do Nordeste. O encontro contou com a presença de Bruno Araújo, das Cidades; Mendonça Filho, da Educação; Raul Jungmann, da Defesa; Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo; o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba; e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e o da Câmara, Rodrigo Maia, anfitrião do grupo. Após o encontro, Jungmann, presidente do PPS, garantiu que o partido votará pela reforma.

A bancada do Nordeste representa 151 deputados, sendo, pelo menos, 87 da base do governo. Esse grupo hoje é um grande contingente de votos contra a reforma, dada a repercussão do discurso petista em relação ao tema e ao governo. Afinal, indicam as pesquisas, é ali que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito a pré-campanha, comprometendo o prestígio de Temer a ponto de o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), adotar um discurso mais oposicionista para tentar evitar a derrocada do grupo em Alagoas. Aliás, o ministro do Turismo, Max Beltrão — indicado por Renan —, não estava na reunião.

A avaliação preponderante hoje, na base aliada, é a de que, se a população não considerar suficientes as mudanças anunciadas até agora na reforma da Previdência — ou a oposição fizer valer a versão de que as mudanças são ínfimas —, o governo não terá os 308 votos necessários na Câmara. Portanto, a ordem agora é tentar fazer chegar aos parlamentares que as mudanças são significativas e ajudarão, em especial, os mais pobres, como o trabalhador rural.

A ordem é que os deputados ajudem a mudar a visão preponderante na base de que são necessárias novas concessões. Em conversas reservadas, muitos dizem que as mudanças vieram tarde, uma vez que está cristalizada na mente dos brasileiros que a alteração principal está na idade mínima. “Essa alteração veio tarde. Será muito difícil a população aceitar que essas mudanças pontuais amenizam o futuro”, diz o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). A área econômica do governo ainda resiste a mudanças na idade mínima, embora essa possibilidade esteja em discussão para as mulheres.

Contra-ataque

Enquanto a decisão final nesse quesito não vem e com a Semana Santa na ordem do dia, a hora é de tentar convencer os religiosos sobre a importância da reforma. Daí, a resposta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Igreja, para quem não se lembra, fez praticamente um levante contra a reforma da Previdência, ao ponto de levar o tema para missas da mesma forma que os pastores têm mencionado o assunto em cultos espalhados por todo o país.

Paraiba.com.br com Correio Brasiliense


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