O ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho (PMDB) está confiante de que será comprovada a falta de relação entre ele e os fatos investigados na Lava Jato. De acordo com sua assessoria, Vital e sua defesa não tiveram acesso ao conteúdo do pedido de abertura de inquérito mencionado pela imprensa, mas está à disposição das autoridades.

Vital do Rêgo e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) aparecem entre os que estão na lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a abertura de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas –como mostram as 83 decisões do magistrado do STF, obtidas com exclusividade pelo Estado.

O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não aparecem nesse conjunto porque não possuem mais foro especial.

No início da noite de ontem, conforme publicado no ParlamentoPB, o senador paraibano Cássio Cunha Lima gravou uma mensagem em vídeo para explicar a decisão do ministro do STF Edson Fachin de autorizar a abertura de inquérito contra ele e mais 75 políticos com foro privilegiado citados em depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato.

Na gravação, publicada em seu perfil nas redes sociais, Cássio afirma que já tinha informado o recebimento de doação da Braskem, uma empresa do grupo Odebrecht e defende uma ampla investigação para esclarecer os fatos

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), nascido na Paraíba, mas eleito para o Senado pelo PT do Rio de Janeiro, também está no rol dos que estão sob investigação. “Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será único desfecho possível para esse processo. Novamente justiça será feita”, disse Lindbergh.

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