A possibilidade de Rodrigo Janot apoiar a decisão de Michel Temer de ignorar a lista tríplice eleita pelo Ministério Público para a escolha do próximo procurador-geral da Reública causou revolta imediata entre representantes dos procuradores; a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), em nota, afirma que "a defesa do regime democrático que a Constituição confia a todos os membros do Ministério Público […] não consente a colocação de pessoas acima de instituições, nem de nomes à margem de eleições".

A possibilidade de Michel Temer escolher um nome que não esteja na lista tríplice eleita pelo Ministério Público Federal para suceder Rodrigo Janot, e ainda sem a resistência dele, causou reação imediata de representantes de procuradores, que dizem não acreditar na hipótese.

As informações são da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

"A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), em nota, afirma que Janot ‘não encerraria sua indelével trajetória no Ministério Público Federal construindo um sucessor em conchavos palacianos. Estes criariam uma crise institucional e uma desconexão entre o procurador-geral da República e os procuradores".

O texto, assinado pelo presidente em exercício da entidade, Humberto Jacques de Medeiros, diz que "Janot sabe o quanto o processo de formação da lista forja a liderança de um procurador-geral e endossa à sociedade a fidelidade de um escolhido aos valores constitucionais, republicanos e democráticos".

Ainda segundo a ANPR, "a defesa do regime democrático que a Constituição confia a todos os membros do Ministério Público […] não consente a colocação de pessoas acima de instituições, nem de nomes à margem de eleições’."

Brasil 247