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24
ago
2017

Operação Parcela Débito

Dois ex-superintendentes do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa (IPM) estão entre as pessoas presas hoje na Operação Parcela Débito, que investiga fraudes da ordem de R$ 25 milhões na folha de pagamento do IPM. Entre os presos também estariam dois filhos do ex-vereador Pedro Coutinho, segundo informações da Rádio CBN em João Pessoa. Pedro Coutinho, que faleceu este ano, foi ex-superintendente do IPM.

De acordo com o delegado Allan Terruel, 19 pessoas foram presas durante a operação. Apenas uma não foi localizada. Doze das pessoas presas são servidores públicos efetivos. Todos os mandados foram  cumpridos no município de João Pessoa. Foram cumpridos totalmente todos os 22 mandados de busca e apreensão e os 16 mandados de condução coercitiva. As informações foram prestadas durante coletiva que ocorreu na manhã de hoje na sede do Ministério Público do Estado.

A operação foi deflagrada nesta quinta pelo Ministério Público da Paraíba, por intermédio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em parceria com as Polícias Civil e Militar e a Controladoria-Geral do Município de João Pessoa (CGM).

O atual superintendente do IPM, Diego Tavares, também está colaborando com as investigações. A superintendência disponibilizou todos os dados necessários à identificação das irregularidades e à quantificação da estimativa do dano causado aos cofres do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa.

Investigações realizadas pelo GAECO e pela Controladoria-Geral do Município de João Pessoa apontam que os investigados fraudavam a folha de pagamento do IPM. De acordo com as autoridades, os envolvidos inseriam gratificações irregulares nas fichas financeiras sem que os valores fossem creditados nas contas dos aposentados ou pensionistas, sendo creditados nas contas de um determinado grupo de pessoas; aumentavam irregularmente gratificações de aposentados para que os valores fossem repassados a terceiros; mantinham irregularmente pensionistas na folha de pagamento acima da idade-limite, visando a que os valores fossem desviados, entre outras.

As irregularidades foram detectadas durante auditorias realizadas pela Controladoria do Município no segundo semestre de 2016, que imediatamente comunicou ao Ministério Público. Os levantamentos do GAECO demonstraram que os primeiros sinais de irregularidades na Folha de Pagamento do IPM teriam sido detectados quando da Operação Pão e Circo, deflagrada em 2012. Na ocasião foram apreendidos, na residência de um dos alvos daquela operação, contracheques de servidores e de pensionistas, cartões bancários em nome de servidores e documentos que comprovariam a utilização de cheques de aposentados e pensionistas do IPM para o custeio de despesas pessoais do investigado, inclusive para o pagamento de um apartamento em João Pessoa, sinalizando que as irregularidades vinham sendo praticadas havia vários anos.

Confira a lista dos envolvidos, de acordo com o Tribunal de Justiça:

Operação Parcela Débito

ParlamentoPB


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