sex
08
set
2017

Funaro delata Temer e diz que ele levava propina dos esquemas de Cunha

Em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o corretor financeiro Lúcio Funaro, operador do PMDB, acusou Michel Temer de fazer lobby para políticos, cobrando repasses de caixa dois e, também, como destinatário de propina; ele diz que Temer "sempre soube" de todos os esquemas tocados pelo ex-deputado Eduardo Cunha; "Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer", diz Funaro na delação; Temer é protagonista de dois repasses de propina na delação de Funaro; um deles, de R$ 1,5 milhão, veio do grupo Bertin, e outro, com a JBS, no valor de R$ 7 milhões; repasses a Temer somam R$ 13,5 milhões.

Em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o corretor financeiro Lúcio Funaro, operador do PMDB, revelou, entre outros crimes, propinas a parlamentares, venda de legislação e grandes esquemas de corrupção.

Funaro acusa Michel Temer de fazer lobby para políticos, cobrando repasses de caixa dois e, também, como destinatário de propina. O doleiro diz que nunca conversou sobre dinheiro diretamente com Temer, "pois essa interface era feita por Eduardo Cunha", mas declara que era informado por Cunha sobre as divisões da propina.

Ele garante que Temer "sempre soube" de todos os esquemas tocados pelo ex-deputado. "Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer", diz Funaro na delação que a revista Veja teve acesso.

Temer é protagonista de dois repasses de propina na delação de Lúcio Funaro. Um deles, de R$ 1,5 milhão, veio do grupo Bertin. O segundo, em 2014, saiu de um acerto com a JBS. Funaro conta ter intermediado um pagamento de R$ 7 milhões da JBS que tinha como destinatários Temer, Cunha e o ministro da Agricultura na ocasião, Antônio Andrade. O presidente ainda teria intermediado um pagamento de R$ 5 milhões de Henrique Constantino, do Grupo Constantino, à campanha do então deputado Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.

Brasil 247


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