seg
11
set
2017

Palestra lembra Zé Lins e museu da Funesc intensifica programação neste mês

A Fundação Espaço Cultural da Paraíba, através do Museu José Lins do Rego, realiza nesta terça-feira (12) uma atividade que marca os 60 anos da morte de um dos maiores escritores brasileiros. A palestra ‘Zelins e Fogo Morto’ será na escola estadual José Lins do Rego, no Cristo Redentor, em João Pessoa, às 14h, com as escritoras Socorro Aragão e Neide Medeiros.

Conforme Maria do Carmo Diniz, diretora do museu José Lins do Rego, a programação deste mês intensificará visitas de estudantes de escolas públicas e privadas, de várias cidades paraibanas, principalmente da região metropolitana de João Pessoa. Ela destacou que o museu localizado na Funesc conta com rico acervo sobre a vida e obra do escritor paraibano.

Neide Medeiros – Neide Medeiros nasceu em Jardim do Seridó (RN), depois mudou-se para Campina Grande, fixando residência, posteriormente, em João Pessoa. Tem formação em Letras e pós-graduação pela UFPE e UNESP/Car, foi professora da Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal da Paraíba.

Escreveu livros na área de teoria literária e literatura infantil. É leitora votante da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, membro da Academia Feminina Paraibana de Letras.

A escritora Neide Medeiros dos Santos lançou, ano passado, o livro ‘Autores e livros em contraponto’. O livro é a reunião de alguns textos publicados na coluna semanal ‘Livros & Literatura’, do jornal Contraponto, ao longo de sete anos. Para ilustrar a capa do livro (195 págs) foram convidados os artistas plásticos Veruschka Guerra e Tônio.

Socorro Aragão – Eleita para integrar a Academia Paraibana de Letras (APL), ano passado, Socorro Aragão é graduada em Letras Anglo Germânicas pela Universidade Regional do Nordeste (1969), especializada em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1973), além de mestrado e doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo (1973 e 1974), e pós-doutorados pelas Universidades de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (1977), Universidade Complutense de Madrid (1978) e pela Central Connecticut State University (1990).

Atualmente é professora titular da Universidade Federal da Paraíba, professora titular da Universidade Federal do Ceará e membro de corpo editorial da Revista Brasileira de Linguística. “Dediquei minha vida inteira ao estudo da linguística e à literatura. Trabalho com a análise linguística de textos literários como os de José Américo de Almeida, José Lins do Rego, Augusto dos Anjos, João Cabral de Melo Neto”, completa Socorro.

Ana Isabel Sousa Leão – Possui graduação pela Universidade Federal de Pernambuco(1969), graduação pela Delegacia do Trabalho -(1990), especialização pela Universidade Federal de Pernambuco(1976) e especialização pela Universidade Federal da Paraíba(1995). Atualmente é diretora regional da Universidade Federal da Paraíba e Pesquisadora Permanente do Fundação Casa de José Américo. Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Teoria da Informação.

Resultado de quase dois anos de trabalho, o livro ‘José Américo – Uma Fotobiografia’ – lançado em 2015 – tem a assinatura de Ana Isabel, em parceria com Maria do Socorro Silva de Aragão e Neide Medeiros Santos. A obra teve financiamento do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC). De acordo com Ana Isabel de Souza, além do extenso acervo de fotografias na obra, há um resumo de toda produção literária de José Américo, junto com seus discursos, relatórios e livros de memórias.

Zé Lins – José Lins do Rego (1901-1957) foi um dos maiores escritores brasileiros. ‘Menino de Engenho’, romance do Ciclo da Cana-de-Açúcar, lhe deu o prêmio Graça Aranha. Seu romance ‘Riacho Doce’, foi transformado em minissérie para a televisão. Integrou o ‘Movimento Regionalista do Nordeste’. É patrono da Academia Paraibana de Letras e foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.

José Lins nasceu no engenho Corredor, no município paraibano de Pilar, dia 3 de julho de 1901. Filho de tradicional família da oligarquia do Nordeste açucareiro, passou a infância no engenho do avô materno. Iniciou seus estudos no município de Itabuna. Desde 1919, já colaborava em vários periódicos. Em 1920 ingressou na Faculdade de Direito do Recife.

Em 1923 conheceu Gilberto Freire, que exerceu grande influência na sua vida literária. Em 1924 casou-se com Filomena Massa. Em 1925, já formado, mudou-se para Minas Gerais, onde exerceu o cargo de promotor público. Em 1926 desistiu de fazer carreira de magistrado e mudou-se para a cidade de Maceió (AL), onde trabalhou como fiscal de bancos. Em 1932, publicou ‘Menino de Engenho’, seu primeiro romance, que lhe deu o prêmio da Fundação Graça Aranha. Manteve intensa atividade literária, publicou um livro por ano.

Em 1935 foi para o Rio de Janeiro. Em 1937 publicou ‘Pureza’, o primeiro romance que foge à temática do ciclo da cana-de-açúcar, seguindo-se de ‘Pedra Bonita’ e ‘Riacho Doce’. Com ‘Fogo Morto’ (1943) retorna à temática nordestina. Em 1955 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. José Lins do Rego morreu no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro de 1957.

Secom-PB


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