Um documento assinado no último mês de maio pelo então vice-procurador-geral da República, Bonifácio Andrada, e pelo procurador regional da República, Mauricio Gotardo Gerum, em Brasília, deixa claro que não há evidências da participação do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), no assassinato do jovem Bruno Ernesto.

Divulgado com exclusividade pelo Blog do Diego Lima, o documento acaba ‘sepultando’ as ilações feitas, nos últimos dias, pelo vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), que tem insinuado a participação do govenador paraibano no crime.

Segundo o blog, o documento que isenta Ricardo Coutinho foi emitido pelos procuradores da República em resposta a uma ação judicial protocolada pela advogada paraibana Laura Berquó no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que à época acusava o governador de ter praticado vários crimes, como roubo a bancos, corrupção e participação no assassinato de Bruno Ernesto.

De acordo com o documento divulgado pelo blog, os procuradores da República não encontraram provas nas denúncias feitas pela advogada e pediram o arquivamento da ação contra Ricardo Coutinho.

“Dos autos exsurge que, conquanto minuciosas as informações prestadas, que chegam, inclusive a revelar nomes e fatos concernentes a diversos crimes que já foram ou estão sendo investigados, não se percebe consistência suficiente nos fatos imputados à autoridade com prerrogativa de foro no Superior Tribunal de Justiça, visto que desamparados do mínimo de provas que o vinculem aos fatos criminosos. Não há, portanto, lastro suficiente que viabilize o início de uma investigação”, diz trecho do documento.

“Por esse motivo, promove o Ministério Público Federal o arquivamento dos presentes autos”, acrescenta o documento assinado pelos procuradores da república.

Veja abaixo cópia do documento do MPF:

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