O patrimônio de arte deixado pelo escultor pernambucano Abelardo da Hora agora pertence à Paraíba. O governador Ricardo Coutinho esteve, nesta terça-feira (30), em Recife (PE), onde assinou o Termo de Doação das obras do artista ao Estado da Paraíba. Para abrigar o acervo, avaliado em cerca de R$ 11 milhões, será construído o Memorial Abelardo da Hora, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa. Atualmente, as obras do artista, que morreu há quatro anos, são preservadas por familiares em um casarão no Recife. O secretário de Cultura, Lau Siqueira, e o secretário de Comunicação Institucional, Luís Torres, acompanharam o governador.
Abelardo da Hora foi escultor, pintor, desenhista e gravador, sendo reconhecido como um dos mais importantes artistas brasileiros e deixando um acervo com quase 300 peças, entre esculturas, telas e outras obras. “Abelardo é um dos maiores artistas do país e vale lembrar que tem peças suas na Estação Ciência em João Pessoa. O Estado da Paraíba está assumindo a responsabilidade de receber o grandioso acervo deste artista, com obras que retratam a realidade do povo brasileiro. É preciso proteger e divulgar a arte brasileira e com este ato buscamos contribuir para manter viva a obra de Abelardo da Hora”, ressaltou o governador Ricardo Coutinho.
Uma das filhas de Abelardo da Hora, Lenora Lucena da Hora, demonstrou o sentimento de satisfação por saber que a obra de seu pai estará bem preservada em um Memorial na Paraíba. “A obra de Abelardo certamente será bem recebida na Paraíba e, por isso, estamos muito felizes, já que o acervo estará preservado da maneira adequada. Temos um laço de sangue com a Paraíba, porque minha mãe era paraibana e a acolhida do Governo do Estado nos deixa ainda mais ligados, a Paraíba será nossa segunda casa”, pontuou.
Breve histórico de Abelardo da Hora – Abelardo Germano da Hora nasceu em 1924 na cidade de São Lourenço da Mata, em Pernambuco. Cursou Artes Decorativas no Colégio Industrial Professor Agamenon Magalhães. Ingressou na Faculdade de Direito de Olinda e frequentou o Curso Livre de Escultura da Escola de Belas Artes do Recife. Entre 1943 e 1945 foi contratado pelo industrial Ricardo Brennand, para trabalhar na Cerâmica São João, época em que realizou diversos trabalhos com motivos regionais. Entre 1955 e 1956, realizou, para a Prefeitura do Recife, diversas esculturas representativas da cultura popular, entre elas: “Os Cantadores e o Vendedor de Caldo de Cana”, no Parque 13 de maio, “O Sertanejo”, na Praça Euclides da Cunha.
Secom-PB