ter
30
abr
2013

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Uma audiência pública para discutir a antecipação do cronograma das obras de inclusão de Princesa Isabel no projeto Sistema Adutor do Pajeú, cujo início está previsto para 2015, foi realizada na manhã desta terça-feira (30) na Câmara Municipal.

A sessão, proposta pelo prefeito Dominguinhos (PSDB), contou com a participação de vereadores, secretários municipais, representantes da Cagepa, Igreja, Polícia Militar, Orçamento Democrático Estadual (OD), CDL e de diversos segmentos da sociedade civil.

Conduzida pelo vereador Pacelli Mandú, a mesa de trabalhos foi composta pelo historiador Francisco Florêncio (Comitê Proágua), presidente Rialtoam Araújo (Legislativo), Dominguinhos (Executivo), Frei Sérgio (Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho), Neto Caçula (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Carmelo Mandú (Orçamento Democrático Estadual).

O pároco local, Frei Sérgio, disse que “historicamente, o Nordeste tem memória curta, e quase nada aprendeu com as experiências que se repetem em ciclos desde que o Brasil é Brasil”. E completou: “São anos de seca a fio, em cinco séculos, e não aprendemos a armazenar e usar a água, que é um bem finito”.

Já o presidente da Câmara dos Vereadores, Rialtoam Araújo (PT) destacou a importância da reunião como “ mais um passo decisivo na busca da solução para o problema de abastecimento que atinge a sociedade”.

O historiador Francisco Florêncio destacou a mobilização da sociedade civil e disse que “a luta da sociedade por resultados é mais importante do que as ações do governo, que obedecem calendários, cronogramas e demoram a chegar”.

O prefeito Dominguinhos alertou sobre a situação crítica do Açude Jatobá II, que abastece a cidade, e previu que “o município enfrentará dificuldades enormes a partir de agosto próximo, com o reservatório seco, de acordo com as avaliações de órgãos da área”.

Ele disse ainda que a administração se dispõe a colaborar para a antecipação do projeto que contemplará a cidade com o abastecimento de água através da obra, vinda do trecho de Flores (PE).

Vereadores da situação e oposição também participaram da sessão, que discutiu questões afins, como a ampliação e modernização do sistema de abastecimento da Cagepa, gestão tripartite (federal, estadual e municipal ) do uso do reservatório Jatobá II e controle e fiscalização da qualidade da água distribuída à população.

Ao fim da reunião, foram aprovadas propostas que ampliam a participação governamental e da sociedade na implantação do projeto da adutora e controle da água para consumo humano, a exemplo da criação de um conselho consultivo e de um canal de informação envolvendo as mídias locais, audiência pública trimestral e, ainda, o envio de um documento assinado pela população ao governador com as prioridades municipais para inclusão no Orçamento Democrático, além de estratégias de mobilização de deputados estaduais, federais e senadores votados no município, ministros e secretários estaduais.

O blog acompanhou a reunião. Veja na sequência de fotos abaixo:

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Mesa teve formação eclética, com representação civil, oficial e religiosa

 

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Público presente acompanha atentamente as discussões do encontro

 

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Faixas com inscrições que vão se tornar slogans da mobilização conjunta

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Vereadores Robson Matuto, Neguinho, Givaldo Morais e Irismar Mangueira

 

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Vereadores Célio de Zé Biró, Alaelson, Yannara Henriques e Zé Matias Filho


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4 respostas para “Audiência pública mobiliza sociedade e políticos pela antecipação das obras do Sistema Adutor do Pajeú que contemplam Princesa Isabel”

  1. Foi um momento importante porque a partir desta, vamos passar para as autoridades estaduais a nossa real situação e clamar por providências, a fim de que a população não venha a passar necessidades. Serão discutidos com nossos Deputados, Projetos Estruturantes, como Projeto Adutora do Pajeú, Barramento de Açudes, Operação Carros-Pipas, Sistema de Distribuição de Água e a condição da água e armazenamento de maneira geral. Todas as discussões serão tentativas de minorar os efeitos da seca. E, acima de tudo, das nossas necessidades locais, contamos com as chuvas, temos a grande esperança, então naturalmente as águas serão repostas, mas neste momento precisamos garantir que a água possa chegar a nossas casas, e nós não aceitaremos desculpas, pois na antiga Grécia desde o século VI a.C. Já havia tecnologia para captação e distribuição de água a longas distâncias. Um túnel construído em Samos, que aplicava o princípio dos vasos comunicantes e pressurização dos encanamentos para condução da água; foi considerado por Heródoto como ‘maior’ obra de engenharia da Grécia, até então. Importantes sistemas hidráulicos pressurizados foram construídos e descobertos em Pérgamo e em Emuros (180 a 160 a.C.).

  2. Carmelo Mandu disse:

    Caro José Duarte!

    Como foi dito e explicado na Audiência Pública realizada ontem (29)na Câmara Municipal de Princesa Isabel,o instrumento legal de “inclusão no Orçamento Democrático com as prioridades municipais” somente se dará através do preenchimento da Ficha de Prioridades na Audiência Regional Do Orçamento Democrático, que será realizada no próximo dia 05 de maio,no Ginásio Poliesportivo Ministro alcides Carneiro, às 16h00. Portanto é imprescindível que a população preencha a Ficha de Prioridades e aponte Qual a obra, ação ou serviço que gostaria de ver implantado na sua região ou município.

    Atenciosamente, Carmelo Mandú- gerente Regional do OD da 11ª Região

  3. BEATO SALÚ disse:

    TAVA NA HORA DE SER FEITA ALGUMA COISA. TODO DIA SAINDO 120 CARROS PIPA É UM VERDADEIRO SANGRADOURO DO JATOBÁ, COISA DE 1 MILHÃO DE LITROS POR DIA. E A MAIOR PARTE TÁ INDO PRA PERNAMBUCO PARA SERVIR EM CONSTRUÇOES POR LÁ. É A ADUTORA JATOBÁ. DE PRINCESA PARA PERNAMBUCO. ENQUANTO ISSO A ADUTORA DO PAJEÚ É SÓ PROMESSA. CADÊ NOSSAS AUTORIDADES?

  4. A história demonstra que as grandes conquistas sociais vem da mobilização coletiva orientada por lideranças sintonizadas com o momento histórico e tradutoras fiéis da vontade da maioria. Ou os princesenses saem da passividade para obter as vantagens da modernidade ou estarão condenados a uma evolução lenta, sempre no aguardo das promessas de governantes de plantão ou da ação de empreendedores movidos muito mais pelo lucro que pela evolução geral da sociedade.
    As mobilizações que assistimos recentemente ( professores, água) são promessas de um despertar da cidadania princesense. Promessa também é o trabalho da imprensa local (blogs, radio, jornal), a exemplo desta excelente reportagem do jornalista Zé Duarte, que repercutem e multiplicam o impacto das ações coletivas. É um começo.

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