Greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo Michel Temer, convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais para esta sexta-feira (28), deverá contar com a participação de mais de 4 milhões de trabalhadores da área de educação, segundo estimativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que agrega mais de 50 sindicatos afiliados em todo o país; há profissionais da rede pública e particular.
“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.
Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã
O deputado estadual Frei Anastácio (PT) fez duras críticas aos deputados federais paraibanos que votaram a favor do projeto da reforma trabalhista do governo Temer. O texto foi aprovado por 296 votos a favor e 177 contrários, e agora será enviado para o Senado. Da bancada paraibana, apenas Luiz Couto (PT) e Veneziano (PMDB) votaram contra a reforma.
Exames médicos descartaram que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), tenha sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico ou esteja com um quado de encefalite viral (doença caracterizada pelo inchaço no cérebro causado por um vírus). A informação foi divulgada pelo Hospital Santa Lúcia por meio de boletim médico. Eunício permanece internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital, estável, consciente, mas ainda sem previsão de alta.
Integrante da base do presidente Michel Temer, o deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) disse não temer retaliação por ter votado contra a reforma trabalhista. Apenas ele e o deputado Luiz Couto (PT) votaram contrários ao projeto.
Michel Temer, que chegou ao poder por meio de um golpe parlamentar, consegue aprovar no Congresso sua reforma trabalhista, que privilegia o negociado sobre o legislado; isso significa que direitos antes consagrados na CLT poderão ser sacrificados, se houver acordo entre patrões e empregados; o texto-base foi aprovado na noite desta quarta-feira 26 por 296 votos a 177; a base de Temer ainda tentou uma manobra para que a votação não fosse nominal, e a população não pudesse saber quem apoiou o fim de direitos trabalhistas, mas a oposição conseguiu evitar; deputados contra a reforma levaram cartazes com a imagem da CLT rasgada, além de caixões e cruzes, para denunciar a morte das leis trabalhistas.