“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

sáb
29
nov
2014


Vereador denuncia existência de “trenzão do empregão’ na administração tucana

O vereador Irismar Mangueira (PC do B) denunciou, neste sábado (29), os gastos excessivos da Prefeitura de Princesa Isabel com a folha de pessoal também em 2014, principalmente nos quatro meses anteriores a outubro, mês das eleições.

Segundo o parlamentar comunista, “as despesas com o custeio de servidores atinge proporções incomuns para um município do porte de Princesa Isabel”.

Ele disse que, em janeiro deste ano, a folha de pessoal, com 807 servidores, “torrou a bagatela de R$ 1.117.773,34, que saltou para R$ 1.398.622,38 em setembro, com 946 funcionários”.

De acordo com o Irismar, os dados informados pelo Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade, o Sagres On Line do Tribunal de Contas (TCE) do Estado, apresentam uma evolução nos gastos, inclusive nos meses de junho, julho, agosto e setembro, que antecederam o pleito”.

“São gastos absurdos, que sugam os recursos públicos numa sangria desatada, apenas para favorecer clãs políticos, famílias ricas e outros apadrinhados do poder, enquanto os servidores sofrem os efeitos dos atrasos salariais que são uma das marcas desse desgoverno”, afirmou.

Irismar avaliou ainda “que o excesso de servidores comissionados, além de gratificações exageradas, somado ao empreguismo desenfreado, são fatores comprometedores do atraso salarial, entre outras irregularidades já denunciadas”.

“É o ‘trenzão do empregão’, comboiado pelo prefeito Dominguinhos, fora dos trilhos em todos os sentidos possíveis nessa administração destroçada, que já queimou mais de R$ 11 milhões em nove meses”, ironizou.

Abaixo, reprodução da folha de pessoal da Prefeitura, de janeiro a setembro, disponiblizada pelo Sagres.

FOLHA DE PESSOAL PMPI


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sáb
29
nov
2014

O governador Ricardo Coutinho, acompanhado da diretoria do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), inspecionou, na manhã de ontem (28), as obras do Trevo de Mangabeira que chega à etapa final de concretagem das dez vigas de sustentação da estrutura da via de ligação das avenidas Sérgio Guerra, nos Bancários, e Josefa Taveira, em Mangabeira. O Governo do Estado está investindo R$ 21,6 milhões na obra, que vai contribuir com a melhoria da mobilidade urbana de João Pessoa, reduzir o tempo de deslocamento diário de mais de 200 mil pessoas e oferecer conforto e segurança.

Ricardo afirmou que a obra chega na sua etapa mais importante, com a implantação de mais de 900 estacas de arrimos em concreto estrutural com comprimento médio de 15m e o rebaixamento da avenida Hilton Souto Maior. “Essa é uma obra fundamental para a cidade e toda a região, já que concentra um tráfego de 30 mil veículos por dia e com a inauguração do shopping Mangabeira e da escola técnica estadual deve trazer mais 8 mil carros por dia. Sem esse viaduto e 25 ruas que asfaltamos no entorno, o trânsito ficaria impraticável”, comentou. 

Secom-PB


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sáb
29
nov
2014

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Criador dos seriados mexicanos de grande sucesso no Brasil Chavez e Chapolin, o ator Roberto Gomes Bolaños morreu aos 85 anos, informou nessa sexta-feira a rede de TV Televisiva, do México.

247 – Morreu, aos 85 anos, o ator mexicano Roberto Gomes Bolaños, que interpretava os personagens Chavez e Chapolin. Ele também era o criador dos dois seriados do México e de grande sucesso no Brasil.

A informação foi veiculada pela TV mexicana Televisiva. Foi ela a responsável pela produção dos programas do humorista. O ator morava em Cancún, no México, com a esposa, Florinda Meza, que interpretava a Dona Florinda na série.

Em fevereiro, quando ele completou 85 anos, um parente divulgou a informação de que a saúde do ator era "frágil" e que ele precisava de acompanhamento 24 horas. Ele sofria de problemas respiratórios e tinha dificuldades para se locomover.

Brasil 247


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sáb
29
nov
2014

ruy carneiro

O presidente do PSDB paraibano que também é deputado federal, Ruy Carneiro, disse nesta sexta-feira (28), que sua meta agora será de reorganizarar o partido e mandou um recado para os membros que se posicionaram contra o PSDB durante as eleições, terão que sair da legenda e procurar outros partidos que estejam alinhados politicamente com o governador Ricardo Coutinho (PSB).

“Se um companheiro de partido esteve contra a candidatura de Cássio nessas eleições, logicamente essas pessoas terão que procurar um partido da base aliada do governador Ricardo”, disparou Ruy.

O parlamentar não confirmou seu nome para disputar a prefeitura de João Pessoa em 2016, mas não descartou a possibilidade. “Nós vamos reorganizar o partido e teremos candidaturas em várias cidades, mas não posso confirmar esses nomes agora”, explicou.

Sobre o fim do mandato na Câmara Federal, Ruy destacou que: “Como eu tive 23 anos de mandato initerruptamente, é importante colocar que se faz política também sem mandato, como presidente do PSDB eu posso me pronunciar mesmo sem mandato”, posicionou-se Ruy Carneiro.

Paraíba Já


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sáb
29
nov
2014

Quem seria o cavaleiro da mula tordilha, “moreno y alto”? Os quatro muleiros terão alguma coisa a ver com os quatro cavaleiros do Apocalipse (6:2)?

Sitônio PintoOtávio Sitônio

A rigor, forró não é um gênero musical, mas o evento em que se tocava, cantava, dançava e bebia. O termo é a redução de forrobodó, possivelmente uma palavra composta, em que o cariri “bodó” (água) entra com seu significado de bebida. Não aceito a interpretação dada à origem de “forró” como do inglês “for all”- para todos -, evento que os construtores da estrada de ferro Great Western promoviam para seus trabalhadores e o povo em geral. E o “bodó”, como fica?

A palavra surgiria como um híbrido de cariri com inglês, difícil de se aceitar. Na virada do século XIX para o século XX, a expressão “forrobodó” já era popular no Rio de Janeiro, onde Chiquinha Gonzaga criou uma música para uma peça teatral (burleta) com esse nome, muito longe da Great Western, de Luiz Peixoto e Carlos Bettencourt.

Hoje, o forró está sendo usado para denominar a música dançante do semiárido nordestino, ou mesmo das regiões mais próximas do litoral, como é o caso do rojão de Jackson do Pandeiro. Assim acontece com o flamenco, um gênero que abraça muitos estilos, oriundos do encontro dos elementos árabes, judeus, ibéricos e ciganos.

O flamenco é o forró da Espanha. Os urbanoides espanhóis não o aceitam bem, pois se trata de música rural. Mas, depois de sua consagração por pesquisadores como Garcia Lorca e, modernamente, pelo maestro Henrique Morente, o flamenco tem ocupado lugar de destaque na música popular ibérica.

A Rússia tem “Olhos Negros”, os Estados Unidos tem “Summertime”, o Brasil “Asa Branca”, a Espanha “Los cuatro muleros”. A canção recolhida e resgatada por Garcia Lorca é um momento de grande beleza, sensualidade e humor da música folclórica espanhola. Sua letra, de extrema simplicidade, é um momento de grande felicidade poética, obtida com a repetição quase igual de um mesmo verso, tendo por eixo “el de la mula torda”, um sedutor fatal que “me roba el alma” ao eu lírico da cantante. Muitas foram elas, com especial destaque para Ana Belén e Estrella de Morente, filha do maestro Henrique Morente, um dos músicos que resgatou o flamenco para o mundo.

Quem seria o cavaleiro da mula tordilha, “moreno y alto”? Os quatro muleiros terão alguma coisa a ver com os quatro cavaleiros do Apocalipse (6:2)? O da mula torda destaca-se dos outros três na repetição do verso ao longo da canção. As mulas dos outros três não têm cor, não são descritas. Só o da mula tordilha “roba mi alma”, “és mi marío, mamita mia”. Só ele desperta o cuidado da cantante, pois “está llovendo en el campo, mi amor se moja, quien fuera um arbolito…”.

O eu lírico comunica à “mamita” sua predileção pelo “da mula torda” (com certeza um aguadeiro da vila, que vai a água e ao rio no grupo dos quatro muleiros). Ele é seu marido. Mas é como se advertisse à “mamita” do ciúme que tem pelo muleiro, nos versos em que pergunta “a qué buscas la lumbre / la calle arriba, mamita mía, / si de tu cara sale / la brasa viva!

Por qual dos muleiros “mamita” estaria interessada? Que fosse por qualquer dos outros, mas não pelo da mula torda. O fato é que o sentimento da “mamita” foi denunciado no rubor do seu rosto, “la brasa viva!” Outras interpretação podem ser ouvidas nas vozes de Argentinita (essa acompanhada pelo próprio Lorca ao piano), de Tereza Berganza, de Victoria de los Angeles, de Alejandra Rodriguez, da soberba Al Yussana ou mesmo de intérpretes masculinos, como Pepe Marchen e Manolo Paradas.

Tudo isso e algo mais o Douto Leitor encontra no mágico Youtube. É só digitar “Los cuatro muleros”. Se Lorca nada mais tivesse feito, o resgate dos “Cuatro Muleros” valeria por uma obra. Que forró!

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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