“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

dom
11
jan
2015

WANG ZHAO: People holding banners reading

Em artigo sobre o movimento "je suis Charlie", Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, lembra algumas verdades inconvenientes; "Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça à ordem pública", afirma; "Cartunistas e ilustradores solidários com a causa árabe em Israel chegaram a ser processados pelo Estado. Questionado, o primeiro ministro francês Manuel Valls se justificou: ‘Nós deveríamos ficar de braços cruzados diante da criatividade do ódio?’"; portanto, condenar as mortes em Paris dos jornalistas do Charlie Hebdo "não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas", que são islamofóbicas; íntegra

Por Paulo Moreira Leite

Diante da presença de 700 000 pessoas nas ruas de Paris para protestar pelo massacre na redação do Charlie Hebdo é preciso lembrar que:

1.Durante os ataques mais recentes da aviação de Israel sobre Gaza, os protestos em solidariedade a população palestina foram reprimidos na França porque se considerou que poderiam se transformar numa ameaça a ordem pública;

2.Cartunistas e ilustradores solidários com a causa árabe em Israel chegaram a ser processados pelo Estado. Questionado, o primeiro ministro Manuel Valls se justificou: “Nós deveríamos ficar de braços cruzados diante da criatividade do ódio?”

3. Em 2006, um grupo de intelectuais de prestígio na mídia assinou um manifesto anunciando a aparição de uma quarta forma de ditadura dos tempos modernos. Depois do nazismo, do fascismo e do estalinismo, o manifesto falava do islamismo — que não é uma doutrina política, mas uma religião, que mobiliza perto de 1,5 bilhão de pessoas, ou um quarto da humanidade, reunindo homens e mulheres com diferentes visões de mundo e costumes bastante diversos.

Benvindo à duplicidade moral do século XXI.

O morticínio na redação do Charle Hebdo foi uma operação cruel e injustificável. Nenhum cidadão, em parte alguma do mundo, deve perder a vida em função de suas opiniões. O fato do assassinato coletivo ter sido um crime premeditado, sem dar chance de defesa às vítimas, apenas reforça seu aspecto perverso, inaceitável.

Nada disso nos proibe de lembrar que o direito de Charlie Hebdo expressar o ponto de vista de seus jornalistas e cartunistas sem restrições não deve ser confundido com a sustentação de suas opiniões políticas. A expressão “somos todos Charlie” pode gerar muitas confusões.

Num esforço supostamente didático, surgiu no país a conversa que tenta comparar Charles Hebdo e o Pasquim, o inesquecível jornal de humor feito no Leblon que chegou a vender 200 000 exemplares por semana durante a ditadura militar. É bom não exagerar nas primeiras impressões.

Estamos falando de publicações satíricas, dedicadas ao humor político. Podemos encontrar artistas geniais, nos dois lados do Atlantico. E só.

Mas ninguém tem o direito de iludir-se com puras formalidades nem ignorar o ponto essencial.

O Pasquim tinha lado. Extraia sua força de uma opção política clara: denunciava o regime militar e seus inimigos. Não fazia concessões nem permitia dúvidas a respeito. Não era um humor sem causa. Muito menos com a causa errada. Estava ao lado dos mais fracos.

No universo cultural europeu do século XXI, Charles Hebdo construiu uma relação ambígua com o racismo.

Assumindo aquela visão que classificava o islamismo como o quarto totalitarismo, o próprio editor da Charlie Hebdo disse que, para a revista, tanto o fascismo da Frente Nacional, a organização de extrema-direita francesa, como o que chamava de “fascismo islâmico” fazem parte da “mesma seara e contra eles não economizamos nossa arte”.

O fascismo de Jean Marie Le Pen — e outros líderes semelhantes que se espalham pelo Velho Mundo — tem um projeto de poder de Estado. É um movimento violento e nostálgico da velha ordem, que tenta restaurar pela força. Quer eliminar direitos conquistados, que representam avanços — parciais, limitados — rumo a uma situação de menor desigualdade. A opção Le Pen é um estado forte para submeter os deserdados da globalização a leis mais duras e severas, como mão de obra de segunda-classe — seja em casa, seja em seus países de origem.

O clero muçulmano mantém convicções que podem ser ou parecer retrógradas. Como em todas as religiões organizadas, seus líderes podem ser acusados de exercer o poder de forma autoritária.

Ali se encontram círculos fascistas — que também se manifestam no extremismo católico. Em julho de 2011, em Oslo, 76 pessoas morreram em dois atentados cometidos por um fundamentalista cristão, adversário assumido da imigração islâmica, admirador fanático do Estado de Israel.

Não há dúvida de que lideranças muçulmanas participam da resistência política e cultural de uma população segregada e diminuída em seus direitos, em particular no Oriente Médio, onde a atuação do Estado de Israel junto a seus vizinhos — e à própria população árabe no interior de suas fronteiras — contribui para criar um ambiente de enorme tensão em todo planeta.

Este é seu papel na cena global, sem relação com o fascismo de Jean Marie Le Pen. É por isso que são atacados. É por isso que o deboche é estimulado. Devem ser desqualificados — da mesma forma que, nos tempos do Pasquim, a ditadura lançava insinuais odiosas sobre a vida pessoal de lideranças da Teologia da Libertação.

O racismo é um antigo componente da cultura européia e é possível encontrar suas manifestações mesmo em textos de sábios insuspeitos do iluminismo. Mas há uma novidade recente.

Com o progresso científico, as noções que dividiam a humanidade em raças biologicamente inferiores e superiores deixaram de fazer sentido para as camadas mais cultas.

Está comprovado que nenhuma herança genética é capaz de explicar as diferenças de desenvolvimento entre povos e países. Surgiu, então, o fator cultural.

Procura-se definir uma hierarquia entre homens e mulheres pela visão de que há uma hierarquia entre culturas. Algumas seriam mais adequadas do que outras para promover o progresso social, que não seria produto de opções de natureza economica e política, mas dos valores tradicionais de cada povo.

Foi assim que se passou a explicar a hegemonia política-militar dos EUA em todo planeta pelos valores morais da religião protestante — embora outros povos, com os mesmos valores morais e religiosos, pudessem padecer de uma condição muito diferente. Ou a falta de desenvolvimento de países tropicais pela falta de amor ao trabalho duro de seus cidadãos — ainda que a jornada de trabalho de muito desses povos pudesse ser mais prolongada e estafante. E assim por diante.

O fator cultural encontra-se no eixo teórico do artigo ” Choque de Civilizações”, de Samuel Huntington. Publicado em 1993, ele construiu um novo quadro ideológico para justificar a atuação das grandes potências após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria — quando, mais uma vez, era preciso manter a hierarquia entre povos e paises, dominantes e dominados.

Para Huntington, todo esforço para criar um ambiente de convívio harmonico e cooperativo entre os povos, com respeito a pluralidade e a história de cada um, nada mais seria do que uma utopia risível, pois não há uma herança comum entre elas. “As diferenças entre as civilizações não são apenas reais; são fundamentais”, escreve, para acrescentar: “não vão desaparecer em pouco tempo. São muito mais essenciais do que as diferenças entre ideologias e regimes políticos.”

Ele reconhece que “diferenças não significam conflito, e conflito não implica necessariamente violência,” mas adverte: “ao longo dos séculos, as diferenças entre civilizações geraram os conflitos mais violentos e prolongados.”

Dividindo a humanidade em oito civilizações diferentes, Huntington enxerga um ambiente hostil para o chamado ocidente, cada vez mais mais ameaçado pelo progresso de outros povos de outras culturas. Nesse ambiente de risco, onde a posição de predomínio se encontra ameaçada, o “Ocidente (com maiúsculas)” está condenado a “manter o poderio econômico e militar necessário para proteger seus interesses” diante das demais civilizações.

Quem leu Edward Said já aprendeu a importância de estereótipos negativos sobre os povos árabes para consolidar um domínio de caráter imperialista naquela parte do mundo que abriga as principais reservas mundiais de petróleo, a principal riqueza estratégica dos últimos 100 anos.

Quem ler “O que a Europa deve ao Islam de Espanha”, de Juan Vernet, poderá descobrir a formidável contribuição dos povos árabes para a magnifica explosão cultural do Renascimento — e todas suas consequências — que muitas pessoas acreditam ter sido uma obra pura de artistas e intelectuais europeus.

A questão encontra-se aí.

A execução à bala da redação do Charlie Hebdo é inaceitável.

A tentativa de criminalizar o islamismo por este crime também é inaceitável. Lembra a piores tentativas de manipular consciências e reforçar preconceitos que inevitavelmente irão gerar novas tragédias.

Brasil 247


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dom
11
jan
2015

Efraim revela intenção em disputar prefeitura de Santa Luzia
Efraim é presidente estadual do DEM

O secretário de Estado do Governo e presidente do DEM na Paraíba, Efraim Morais, afirmou neste sábado que pode vir a disputar a prefeitura de Santa Luzia em 2016, sucedendo o atual prefeito Ademir Morais, do mesmo partido. Para Efraim, o DEM vem fazendo vitórias consecutivas em Santa Luzia há mais de 30 anos.
“Desde 1982 que o Democratas não perde uma eleição sequer em Santa Luzia, isso mostra que há um trabalho realizado e isso nos faz merecer a confiança do povo”, disse.
Afirmando categoricamente que o DEM não abre mão da cabeça-de-chapa, especula-se que o vice pode ser indicado pelo PSD ou PMDB. Efraim admitiu, ainda, a possibilidade de chapa-única no município, com a união entre situação e oposição em 2016.
“O momento é de renovar o diretório, conseguir novos quadros e ampliar as composições políticas não só em Santa Luzia, mas em todos os demais 222 municípios paraibanos”, explicou.

ParlamentoPB


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dom
11
jan
2015

Capa de uma edição da revista francesa Charlie Hebdo
Capa de uma edição do jornal francês

A sede do jornal alemão Hamburger Morgenpost foi atacada hoje (11), na cidade de Hamburgo. A publicação reproduziu caricaturas do profeta Maomé feitas pelo Charlie Hebdo, um dia após ao atentado no jornal francês.

Segundo a polícia local, pedras e uma bomba foram atiradas nas janelas da redação do jornal. Não houve feridos, e o fogo foi controlado rapidamente.

Após os ataques na França, o governo alemão aumentou a vigilância nas fronteiras e aeroportos do país. O Ministério Público alemão anunciou neste domingo a prisão de um homem suspeito pertencer ao Estado Islâmico.

De acordo com o Ministério Píblico alemão, o suspeito tem 24 anos, viajou para a Síria em outubro de 2013 e retornou à Alemanha no final do ano passado. Segundo o órgão, a prisão não está relacionada aos ataques ao Charlie Hebdo. As autoridades informaram que não há provas de que o suspeito plenejava realizar ataques terroristas. 

Agência Brasil


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dom
11
jan
2015

Depois de ter sofrido duas derrotas na capital paraibana, o PSDB não desistiu da PMJP e pode ter candidato em 2016. O presidente estadual do partido Ruy Carneiro, afirmou que existem muitos bons nomes para compor uma candidatura à Prefeitura e citou o ex senador Cícero Lucena como provável representante da chapa tucana no próximo pleito.

Em entrevista a Rádio Correio FM, Ruy que inclusive já disputou a PMJP e perdeu para o atual governador Ricardo Coutinho, disse que Cícero tem grandes chances de disputar o pleito. No entanto, outros nomes poderão entrar na disputa.

– Citei os nomes de Cícero Lucena, Wilson Filho, Lucas de Brito e Raoni Mendes. São bons nomes que poderão vir, mas nada de muito concreto. Acho que está muito longe para essa discussão – afirmou.

O problema é que a permanência de Cícero Lucena no PSDB ainda é uma incógnita. No final do ano passado, ele insinuou durante rápida passada por Campina Grande, que pode deixar o ninho tucano. “ No que se refere a minha permanência no PSDB, é algo a ser discutido. Estou dando um tempo e aguardando a conclusão do meu mandato” – afirmou o ex senador.

PB Agora


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dom
11
jan
2015

Marcha deve reunir mais de 1 milhão de pessoas em Paris

A Marcha Republicana convocada para este domingo em Paris será uma das maiores manifestações dos últimos anos na capital francesa. Deverá reunir mais de 1 milhão de pessoas,  intelectuais e religiosos, além de personalidades e políticos de diversos países.

A manifestação convocada após o assassinato de 12 jornalistas e cartunistas da publicação satírica Charlie Hebdo, na quarta-feira, reafirmará o repúdio ao terrorismo e à defesa dos valores republicanos, como a liberdade de expressão e de opinião.

Entre os políticos que confirmaram presença no domingo estão chefes de estado e de governo de Portugal, da Espanha, Itália, do Reino Unido, da Turquia e Alemanha, e representantes governamentais da Rússia e do Egito, país que mantém uma tensa relação diplomática com a França.

Para além da manutenção do mais alto estado de alerta na capital francesa, uma vez que são mantidas as ameaças terroristas, haverá mais 5.500 homens nas forças de segurança.

Ontem, cerca de 700 mil pessoas manifestaram-se por toda a França em solidariedade aos 17 mortos nos ataques terroristas desta semana, informou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

Agência Lusa


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sáb
10
jan
2015


Vereador diz que atraso de salários de servidores já faz parte do ‘folclore municipal’

O vereador Irismar Mangueira (PCdoB) classificou de ‘ingrediente de novela’ o atraso de salários dos servidores da Prefeitura de Princesa Isabel.

Segundo o parlamentar comunista, “a questão do atraso, que além de configurar um desrespeito brutal à categoria, pois viola um direito universal, implica inclusive desobediência do prefeito tucano Dominguinhos à ordem judicial”.

“O episódio reiterado do atraso confere vitória inicial ao prefeito Dominguinhos na queda-de-braço desigual com os servidores e, por tabela, com a Lei, que ele descumpre sem qualquer medo de punição”, afirmou.

“O atraso virou piada, ingrediente de dramalhão administrativo com reprise surrada todo dia 10 de cada mês, já com características de folclore autenticamente municipal”, arrematou.


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sáb
10
jan
2015

Ciclomotores, ciclo-elétricos e similares que circulam na Paraíba terão que ser registrados e licenciados. É o que afirma a Resolução nº 002/2015 do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) publicada no Diário Oficial dessa sexta-feira (9). A medida atende o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que determina que o registro e licenciamento de qualquer veículo automotor.
De acordo com o documento, assinado pelo secretário da Segurança e da Defesa Social,Cláudio Lima, que é presidente do Conselho, o órgão responsável pelo registro e licenciamento dos veículos será o Departamento de Trânsito (Detran) da Paraíba, por meio de convênio celebrado com os municípios integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) em até 90 dias a partir da data da publicação. Nos casos dos municípios ainda não integrados com o sistema, o Detran, que tem 60 dias para implantar o sistema de registro do licenciamento, irá assumir a responsabilidade de ofício.

De acordo com o assessor jurídico do Cetran, João Ferreira Furtado, na prática as cinquentinhas serão emplacadas. “Serão três algarismos e quatro números. As taxas pagas serão as mesmas aplicadas para carros e motos, com a diferença de que esses veículos de baixa cilindrada não pagam IPVA”, explicou, salientando da obrigatoriedade do uso de capacete e outros itens de proteção, além da necessidade de que o condutor tenha autorização para conduzir ciclomotor.

Os registros e licenciamentos vão obedecer às normas de trânsito vigentes. O proprietário do veículo deverá apresentar a nota fiscal ou documento oficial equivalente que comprove que ele é o proprietário do ciclomotor, cédula de identidade (RG) e Cadastro Nacional de Pessoa Física (CPF), comprovante de residência da pessoa a ser cadastrada como proprietário, laudo de Vistoria Veicular, comprovante de pagamento de taxas e seguro obrigatório.

O primeiro registro deve ser feito exclusivamente com a apresentação do documento de propriedade. Estes veículos serão registrados única e exclusivamente na categoria particular.

Para o CTB, é considerado ciclomotor o veículo de duas ou três rodas, movido a combustível e cuja cilindrada não exceda a cinquenta centímetros cúbicos e a velocidade máxima não maior que50 km/h. Já os ciclo-elétricos são os veículos de duas ou três rodas, movidos por motores elétricos com potência máxima de 4KW (quatro quilowatts) dotados ou não de pedais acionados pelo condutor e a velocidade máxima declarada pelo fabricante não ultrapasse a 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). Estão incluídos nesta lista de ciclo-elétrico a bicicleta dotada originalmente de motor elétrico e aquela que tiver o dispositivo agregado a estrutura.

Cetran – Desativado desde dezembro de 2010, o Cetran foi oficialmente recomposto em março de 2012, pelo governador Ricardo Coutinho. É um órgão colegiado, normativo, consultivo e coordenador do Sistema Estadual de Transito, com competência para acompanhar e coordenar as atividades de administração, engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo, formação de condutores, registro e licenciamento de veículos, juntas médicas e psicológica, articulando os orgãos do Sistema no Estado ao Conselho Nacional de Trânsito – Contran.

Secom-PB


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sáb
10
jan
2015

Oportunidades estão distribuídas em 261 cursos nas universidades públicas do Estado. As inscrições vão do próximo dia 19 até as 23h59 do dia 22

As quatro universidades públicas da Paraíba vão ofertar 14.885 vagas em 261 cursos através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para o primeiro semestre de 2015. Para se inscrever no Sisu, o concorrente deve usar o número da inscrição e a senha do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passado. A nota do Enem 2014 será divulgada na próxima terça-feira no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de acordo com o Ministério da Educação (MEC). As inscrições do Sisu vão do próximo dia 19 até as 23h59 do dia 22. Os resultados serão divulgados no dia 26.

São duas opções de curso para cada candidato, sendo definidas por ordem de preferência no sistema. É permitido modificar as decisões até o último momento de registro no Sisu.

Há, ainda, as modalidades de concorrência disponíveis para os candidatos, que podem ser da Lei de Cotas (políticas de ações afirmativas) ou da ampla concorrência. A matrícula dos aprovados na chamada regular deve ser feita na instituição para a qual foram selecionados, nos dias 30 de janeiro, 2 e 3 de fevereiro, conforme Edital do Sisu 2015.

Conforme o coordenador de escolaridade da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Wandemberg Gonçalves, a universidade já oferece, neste primeiro momento, as 7.480 vagas de 113 cursos destinadas aos dois semestres de 2015.

Os cursos são dos campi de Bananeiras, Areia, Rio Tinto, Mamanguape, João Pessoa e as unidades acadêmicas de Santa Rita e Mangabeira. “Os únicos cursos que não estão no Sisu são os de Música, Teatro e Dança, que exigem a nota do Enem mais uma prova de habilitação específica”, salientou.

Já a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) oferta 4.755 vagas dos 75 cursos para o ano letivo, sendo 3.015 vagas de 67 cursos apenas para o primeiro semestre. Entre eles estão os de Sociologia, Administração, Enfermagem, Medicina, Engenharias Elétrica e Civil. Os cursos são dos campi de Campina Grande, Patos, Pombal, Sousa, Cajazeiras, Cuité e Sumé.

O IFPB vai oferecer 1.180 vagas em 33 cursos nas modalidades licenciatura, bacharelado e tecnologia, distribuídos nos campi de Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, João Pessoa, Monteiro, Patos, Picuí, Sousa e Princesa Isabel. Já a UEPB disponibiliza 3.210 vagas em 46 cursos de graduação e dois cursos técnicos em Campina Grande, Lagoa Seca, Guarabira, Catolé do Rocha, João Pessoa, Monteiro, Patos e Araruna.

A candidata Bruna Araújo irá se inscrever no Sisu para concorrer a uma vaga no curso de Direito da UFPB. A candidata contou que o Enem foi “tranquilo”, pois havia feito o exame em 2012 e 2013 por experiência. “Posso tentar ver em qual posição eu vou ficar com base na média. Nas minhas duas opções eu vou tentar os cursos de Direito no Campus I da UFPB e o de Santa Rita, são as únicas que tenho interesse”, pontuou.

Na última quinta-feira, o Ministério da Educação (MEC) divulgou que no país são 205.514 vagas em 5.631 cursos de 128 instituições públicas de ensino. A expectativa do MEC é que a consulta detalhada aos cursos esteja disponível a partir de segunda-feira.

Jornal da Paraíba


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sáb
10
jan
2015

Cid Gomes assume o Ministério da Educação

O ministro da Educação, Cid Gomes, pretende discutir a possibilidade de tornar públicas as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), liberando ao público um banco de dados com mais de 70 mil questões de todas as áreas. Com isso, a prova poderia ser feita por computador, aplicada em terminais em todo o país.

Ontem (9), em Recife, ele comentou a proposta, que seria uma alternativa que simplificaria e manteria a mesma confiabilidade do exame. De acordo com o ministro, tornar público não tornaria o exame mais fácil. Seria necessário ser "um gênio para memorizar todas as questões". A prática, segundo o Ministério da Educação (MEC), já ocorre em outros países.

"Existe um esforço violento para fazer com que 7 milhões de pessoas sentem para fazer uma prova e isso naturalmente gera uma série de complicações", disse. A intenção é que o exame não ocorra apenas uma vez por ano, mas que o candidato possa se inscrever e tenha um tempo para ir ao local de prova e fazê-la.

Não há um prazo para colocar em prática o novo modelo. O ministro ainda vai debater a proposta com técnicos, com a academia e com a sociedade, antes de apresentá-la para análise da presidenta Dilma Rousseff.

O Enem é usado como forma de ingresso em instituições públicas, como forma de obter bolsas de estudo em instituições particulares e financiamento estudantil, além de ser critério para o programa de intercâmbio Ciência sem Fronteiras e ser usado para certificar o ensino médio. 

Em 2014, mais de 6,2 milhões de candidatos fizeram o Enem em mais de 1,7 mil cidades.

EBC


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