“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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17
abr
2015

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O jornalista Ricardo Boechat, comentarista da Band, bateu duro no senador Aécio Neves (PSDB-MG) por seu flerte com o impeachment; "ninguém é mais descategorizado do que o derrotado para propor a derrubada daquela que o derrotou", afirma; segundo ele, Aécio caracteriza-se como mau perdedor

Minas 247 – O jornalista Ricardo Boechat, comentarista da Band, detonou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em comentário de rádio na Band News.

Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff e seus aliados devem dar gargalhadas quando veem Aécio se tornar porta-voz da campanha por um eventual impeachment.

"Ninguém é mais descategorizado do que o derrotado para propor a derrubada daquela que o derrubou", afirma.

Segundo Boechat, Aécio crava em si a imagem do mau perdedor.

Confira, neste vídeo, o comentário do jornalista.

Brasil 247


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17
abr
2015

Buba Germano

O deputado estadual e líder da bancada do PSB na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Buba Germano (PSB), disse que o ‘ideal’ seria que o Governo do Estado tivesse todos os 36 deputados na bancada governista, mas que tem de trabalhar dentro da realidade.

“Queremos que o PMDB todo seja da base aliada, que o PT todo seja da base aliada, mas entendemos as dificuldades. Negociamos inclusive com o PP, estamos construindo um diálogo com Aguinaldo Ribeiro, mas no momento certo eles devem se pronunciar sobre qual é a posição mais conveniente para eles”, disse Buba.

Mesmo com as dificuldades de atrair deputados como Frei Anastácio (PT) e Trócolli Júnior (PMDB) para a base aliada, o ideal, segundo Buba, é que o governo conte com pelo menos dois terços dos deputados em sua base. “Vamos continuar nessas tratativas, mas sabendo que o ambiente da casa é totalmente diferente do que o do ano passado”, destacou.

Paraíba Já


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17
abr
2015


Dos manifestantes que foram às ruas dia 12, 73,2% não acreditam em políticos

A maioria dos manifestantes presentes ao ato do último domingo (12) na Avenida Paulista, em São Paulo, e que foram às ruas em protesto contra o governo e a corrupção, era branca, com renda acima de cinco salários mínimos e ensino superior completo, diz a Pesquisa com os Participantes da Manifestação do dia 12 de abril de 2015 sobre Confiança no Sistema Político e Fontes de Informação. O estudo mostra que a maioria dos participantes não acredita ou não confia em instituições políticas, como políticos, partidos políticos, organizações não governamentais (ONGs) e movimentos sociais.

O estudo foi coordenado pelos professores Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo (USP), e Esther Solano, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo a pesquisa, a maior parte dos manifestantes é homem (52,7% do total), têm entre 26 e 55 anos (21,1% dos manifestantes têm idade entre 46 e 55 anos), com ensino superior completo (68,5% do total) e branca (77,4%).

A maioria deles também declarou renda acima de cinco salários mínimos (24,8% do total tinha renda entre R$ 3.940 e R$ 7.880; 28,5% com renda até R$ 15.760 e 19,5% com renda superior a R$ 15.760). “Ele [manifestante] é relativamente mais velho, rico, branco, tem ensino superior e uma descrença generalizada nas instituições políticas, o que inclui ONGs e movimentos sociais”, disse Pablo Ortellado, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

“A primeira coisa que queríamos medir na pesquisa era investigar em que medida o descrédito com os partidos políticos, como o PT, que já tinha sido apurado em pesquisas na manifestação do dia 15 de março, também se referia a outros partidos e aos políticos. Medimos então os partidos políticos, políticos e movimentos sociais, ONGs e a imprensa. E o resultado foi que o descrédito é com o sistema político como um todo”, disse Ortellado.

A pesquisa perguntou também sobre a confiança dos entrevistados em veículos de comunicação e apenas 21% deles disseram acreditar muito na imprensa. Do total de entrevistados, 51,8% deles disseram confiar muito na revista Veja, seguida pelo jornal O Estado de S. Paulo (40,2%).

Quanto aos partidos políticos, 73,2% disseram não acreditar neles, de maneira geral e apenas 1,1% disseram confiar muito. Quando os partidos foram citados, 96% disseram não confiar no PT; 81,8% no PMDB; 77,1% no PSOL e 47,6% no PSDB. Do total de entrevistados, 61,1% disseram também não confiar na Rede Sustentabilidade, que ainda não existe como partido político. Dos que disseram confiar muito nos partidos, 11% disseram confiar no PSDB, 2,6% na Rede, 1,9% no PSOL, 1,4% no PMDB e 0,2% no PT.

Quanto aos políticos, 96,7% disseram não confiar na presidenta Dilma Rousseff, seguida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (95,3%) e pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (87,6%), todos do PT. A rejeição ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, foi 28%, a mais baixa dentre os políticos citados, enquanto seu nível de confiança, o maior dos políticos citados pela pesquisa, ficou muito próximo à rejeição, em 29,1%; seguido pelo senador José Serra, também do PSDB, que ficou com 23,8% de nível de confiança e rejeição de 32,7%.

“O índice de confiança no PSDB, por exemplo, é muito baixo. E mesmo as lideranças políticas com maior índice de confiança, por exemplo o governador Geraldo Alckmin, têm um índice de desconfiança muito maior [que o de confiança]. Esses dados mostram que a desconfiança, embora muito concentrada no PT, se aplica não só ao espectro, mas às instituições políticas como um todo”, destacou Ortellado. Quanto às ONGs e aos movimentos sociais, 20% disseram confiar muito, enquanto 29,8% disseram não confiar nada e 46,2% disseram confiar pouco.

“Testamos também a concordância [dos entrevistados] com boatos que circularam na internet. E esse foi um resultado muito surpreendente, porque não esperávamos que a concordância com esses boatos, principalmente alguns que são inverídicos, fosse tão disseminada”, enfatizou o professor. Dos resultados nesse item da pesquisa, 71,3% acreditam que Fabio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, é sócio da empresa frigorífica Friboi, 53,20% acham verdadeira a frase "o PCC é um braço armado do PT" e 42,6% acreditam que o PT trouxe 50 mil haitianos para votar em Dilma nas últimas eleições.

A pesquisa ouviu 571 pessoas com idade acima de 16 anos entre as 13h30 e as 17h30 no dia 12 de abril, em toda a extensão da Avenida Paulista. Segundo a Polícia Militar, essa manifestação reuniu 275 mil pessoas.

Agência Brasil


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17
abr
2015


Por Eilzo Matos

Está aí na mídia Sitônio Pinto, um escritor de verdade. De mão cheia! Já consagrado. Tem outro, Tião Lucena.

Falo com o jeito do povo dos vales dos rios do Peixe, Piranhas e Piancó, onde moro, desde que nasci no que cobre as várzeas onde circula, ora doce, ora turbulento em descidas íngremes, varando gargantas apertadas – o Peixe. Reunidos para discutir situações, esperávamos e chegava sempre o poeta cangaceiro – nobre na tradição familiar da mesa farta – o incomparável Dr. João Romão Dantas Rothea, de lá também, e marchava pisando duro ora se agachando, velozmente trejeitando sacar armas de fogo, intimidando os circunstantes. Fazia porque podia.

Respeitado na palavra, pelos versos patrióticos como os melhores já escritos em todos os quadrantes, não esquecia o labor ancestral na agricutura, na criação de gado e no cangaço. Soltava o verbo. Os seus versos épicos e valentes cantavam a glória, a guerra:

“O teu povo, estupefato te contempla.

Eu, nativo de tua margem

Leio na soberbia do remanso,

Uma turbulenta história.”

Aí está a origem armada, municiada da opulenta tradição guerreira de Princesa cantada por Sitônio Pinto, na excelência da prosa deste escritor-historiador-poeta que vive na cidade com um revolver na cintura, cheio de balas. Quem sabe e conhece como eu, pode falar assim, mesmo de ouvir dizer.

Dr. João Romão Dantas Rothéa, guardava intocável o orgulho e o ar distinto de uma tradição dominante. No estreito relacionamento social que nos aproximava, eu percebia esse ar conspícuo, guardando o tempero rural do senhor cheirando a mel de engenho cozinhando em taxos de cobre. Pois bem. Tudo era fruto da terra fértil e produtiva na atividade agrícola e pecuária, nascida no “coice das boiadas” que ali chegaram com os mandados pela Casa da Torre para manutenção do morgadio, conforme anotações de Rosilda Cartaxo.

Outros, destacados e respeitados lhe sucederam, como João Bernardo de Albuquerque nas letras e na gestão administrativa e jurídica do Estado. A “Rusga dos Dantas”, de que falam os comentadores do episódio belicoso sertanejo, que embebeu de sangue aquele solo, aquelas várzeas, marcou o espírito intimorato que levou a população paraibana a travar a muito famosa “Guerra de Princesa”.

A história nos fala dessa memória, que ganhou capítulos e títulos na saga paraibana e nacional dos grandes enfrentamentos políticos, na pena de João Lelis. Sem me estender, aludo ao episódio da cidade de Princesa, pro-clamada território livre, separada do Estado da Paraíba. Tudo é narrado de-talhadamente, apoiado em documentos da época, pelo escritor e homem público Aloysio Pereira, filho do coronel e chefe político sertanejo José Pereira.

Tinha que dar guerra, fruto da bravura dos narigudos Dantas Rothea, coetâneos de Marcolino Pereira Lima que nasceu no dia 23 de junho de 1840 em São João do Rio do Peixe, emigrou para São Francisco do Aguiar, depois Piancó, fixando-se finalmente em Princesa.

Chefe político, o seu filho, o coronel José Pereira que herdou suas qualidades e poder, injustamente ferido nos brios de sua liderança, em proclamação e decreto, tornou a sua cidade rebelada um Estado indepen-dente. Uma curiosa e histórica república em pleno sertão paraibano, o que é sabido.

Neles, tudo me lembra o estimadíssimo amigo João Romão Dantas, poeta, doutor e cangaceiro, filho da mesma terra que mandou Marcolino para desenvolver Princesa no comercio, na industria, nas letras, na história, do-minar e praticar o cangaço costumeiro e arreliado em festas e romances pajeuzeiros.

Os lances dessa epopeia cantada em prosa e verso tem no momento, o depoimento pessoal, o registro documental de Aloysio Pereira, médico, político, escritor, memorialista, cidadão indômito, lúcido e provecto representante daqueles tempos, publicado em livro. E nos arroubos de linguagem em prosa e versos evocativos de Sitônio Pinto e Tião Lucena. Eis ai o tempo e a vida: a história.


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