“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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19
jun
2013

Diante de críticas do vereador Givaldo Morais (PC do B) – feitas através deste blog – de que estaria excepcionalmente beneficiado na administração do gestor tucano Dominguinhos, o ex-prefeito Thiago Pereira (PMDB), em nota enviada à Redação, rebateu as declarações e enfatizou que o parlamentar comunista já ocupou uma secretária, além de considerar surpreendentemente injusta a acusação sobre o aluguel do Palacete dos Pereiras à Prefeitura de Princesa Isabel.

Leia abaixo a íntegra da nota:

Antes de tudo, é válido prestar os mais sinceros parabéns à preocupação do vereador denunciante sobre os gastos públicos municipais, sendo verdade que as explicações sobre as despesas mencionadas na matéria são necessárias e até obrigatórias, já que vivemos sob o abrigo da Lei Federal n٥ 12.527/2011, que garante à população acesso às informações públicas, que antes eram internas e inexploráveis.

Exerço, atualmente, o cargo de Chefe de Gabinete do Município de Princesa Isabel, e gerencio diversos serviços vinculados à administração pública, como a gestão das inadimplências junto ao CAUC, SIAFI, CADIN, etc. Faço, também, o acompanhamento da gestão municipal junto ao SICONV, o sistema de propostas de convênios e atuo no gerenciamento da articulação municipal entre as Secretarias Municipais, Governo do Estado, Governo Federal, Câmara Municipal e Parlamentares Federais, no que tange à aplicação de recursos.

Trabalho todo dia e na hora que é preciso e não me envergonho, de forma alguma, disso. Trabalhar não desonra. Mas se o vereador denunciante entende a função de Secretário Municipal como favorecimento político, ele também já o foi – e muito, exatamente por mim, de quem hoje ele tanto fala.

Sobre o aluguel efetuado da edificação conhecida como “Palacete dos Pereiras”, confesso que apresentou-se por demais surpreendente a injusta acusação do parlamentar princesense.

Vivemos em uma cidade de comércio imobiliário extremamente forte, onde o aluguel de um simples apartamento de 3 quartos, SEM garagem, se faz sob a média de R$ 500,00. Qualquer casa, no centro da cidade, com mais de 400 m², com uma suíte e dois quartos e uma vaga de garagem não se encontra por menos de R$ 1.000,00, ou seja, R$ 2,50 (dois reais e cinqüenta) por metro quadrado.

A edificação mencionada na matéria, o imóvel pertencente à minha mãe, Rosane Pereira, e que o honrado vereador conhece muito bem, localiza-se em área nobre da cidade, é tombada pelo patrimônio histórico do estado da Paraíba, possui mais de 3.000 m² de área, sendo que são quase 2.000 m² de construção civil, entre casa, escritórios externos e garagens, e está locada por R$ 4.000,00 (quatro mil reais), isto é, pouco mais de 1 (um) real por metro quadrado, bem abaixo do valor de mercado.

O prédio possui 10 (dez) quartos, sendo 5 (cinco) suítes, usados, no momento, como salas bem equipadas. São 2 (duas) salas de recepção e 1 (uma) sala de reunião, que acomoda, facilmente, mais de 30 pessoas. A edificação está sendo utilizada para acomodação da Secretaria de Cultura e Esportes do município, o escritório do Grupo de Cultura Abolição, área para exposição de equipamentos e arquivo fotográfico do futuro Museu Municipal e, na área externa, a Chefia do Setor de Transportes Municipais, inclusive, com almoxarifado. O imóvel também acomoda cerca de 10 veículos da municipalidade.

O benefício a que se refere o vereador existe, mas não à minha família e sim ao município. O prédio tornou-se local obrigatório de visitação de turistas e estudantes.

O que verdadeiramente me surpreendeu na denúncia do vereador, é que há bem pouco tempo atrás, o presidente de seu partido e ex-Secretário de Saúde de minha gestão, me propôs, por inúmeras vezes, instalar a sede da Secretaria de Saúde nesse mesmo prédio, arcando o município, segundo sua proposta, com um aluguel absurdamente maior que o realizado hoje, e ainda com o privilégio de ter a casa reformada, com recursos da saúde. Mas naturalmente, não o fiz.

Portanto, honrado parlamentar, se Vossa Excelência encontrar um imóvel na nossa cidade, com, exatamente, as características acima descritas e por preço menor que o praticado neste contrato de aluguel citado, aí sim, o senhor terá razão em suas argumentações, ficando a critério do senhor Prefeito a decisão da manutenção ou não do contrato.

Para concluir minha percepção sobre o digno vereador, deixo uma frase que li certo dia: “Não me arrependo das coisas erradas que fiz. Me arrependo das coisas certas que fiz para as pessoas erradas”.


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19
jun
2013

O Projeto de Lei do deputado Gervásio Maia (PMDB) que vai beneficiar os professores da rede pública e privada com o acesso à meia-entrada foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) durante sessão ordinária nesta quarta-feira (19).

O projeto de lei 1411/2013 é um acréscimo à Lei 9.669/2012, que garante o acesso à meia-entrada aos estudantes, sem o uso da carteira estudantil. A matéria vai agora à sanção do Governo do Estado.

ASSESSORIA


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19
jun
2013

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Começa hoje (19) a tradicional festa de São João de Princesa Isabel, promovida pela Prefeitura.

Nesta primeira noite e até o dia 21, sempre a partir das 19h, haverá apresentação de quadrilhas juninas tradicional, estilizada e improvisada, casamento matuto, exposição de produtos artesanais, danças e comidas típicas, repentistas e corrida da fogueira, entre outras atrações.

A dupla de repentistas Severino e Edezel Pereira faz hoje apresentação especial de abertura.

A programação, que se prolonga até o dia 23, véspera de São João, inclui Banda Potiguar, Forró Rique$a, Sales, Gaviões do Forró, Cowboys do Nordeste, Ramon Schineider e Zé Roxinho.

Por causa da estiagem e da crise financeira, a Prefeitura decidiu economizar até na decoração. Segundo o prefeito Dominguinhos (PSDB), as atrações de projeção regional foram limitadas, ao mesmo tempo em que se procura valorizar os artistas locais e as expressões culturais e folclóricas próprias das festividades juninas.

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“Fizemos uma decoração simples na Praça de Eventos, com o intuito de reduzir despesas. As bandas de maior nome [Gaviões do Forró e Cowboys do Nordeste], por exemplo, vão custar R$ 56 mil, com pagamento parcelado, já incluindo aí som, palco, gerador e banheiro químico”, afirmou Dominguinhos.

Segundo a secretária municipal Socorro Maria (Cultura, Esporte e Lazer), a programação oferecida “alia qualidade e responsabilidade, com resgate de manifestações artísticas e culturais típicas da festa, além da valorização de artistas locais”.

Confira abaixo a programação:

SÃO JOÃO 2013 001


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19
jun
2013

Com temperatura mínima de 19°C e máxima de 28°C, Princesa Isabel, Tavares, Juru, Manaíra, Água Branca e São José de Princesa têm esta quarta-feira (19) parcialmente nublada, com reduzida chance (5%) de chuva, segundo aponta o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Abaixo, a previsão do Centro para a região Nordeste:

Entre o litoral da BA e o litoral da PB: tempo instável, com curtos períodos de sol e chuva. No leste de PE, demais áreas de AL, SE e leste da BA: nublado com possibilidade de chuva. No nordeste do RN: possibilidade de chuva. No litoral do MA, PI e noroeste do CE: sol, variação de nuvens e possibilidade de pancadas de chuva. No oeste do MA: sol, variação de nuvens e pancadas de chuva à tarde. No sul do MA e PI e oeste da BA: sol e poucas nuvens. Nas demais área da região: sol e variação de nuvens. Temperatura estável. Temperatura máxima: 33°C no PI. Temperatura mínima: 18°C no sul da BA.


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19
jun
2013

GervasioM

O Projeto de Lei do deputado Gervásio Maia (PMDB) que vai beneficiar os professores da rede pública e privada com o acesso à meia-entrada foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta quarta-feira (19).

A proposta tem como finalidade garantir a meia-entrada aos docentes com a apresentação da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), com anotação de cargo de professor, contracheque, carteira de identificação profissional, emitida por sindicato ou associação de professores ou de magistério, com devido reconhecimento, ou carteira de identificação de benefício de meia-entrada, emitida por entidade estudantil autorizada, com anotação de “professor”.

Segundo Gervásio Maia, o benefício é uma forma de compensar a categoria pelos baixos salários e incentivar a participação da classe em atividades que promovam a cultura. “Tudo o que for feito para prestigiar os professores é válido. Entendemos que se faz necessário apresentar formas de compensação ao magistério, como estímulo à participação em eventos culturais, esportivos e de lazer, também incentivando a aquisição e disseminação de novos conhecimentos”, destacou o parlamentar.

O projeto de lei 1411/2013 é um acréscimo à Lei 9.669/2012, que garante o acesso à meia-entrada aos estudantes, sem o uso da carteira estudantil. A matéria será encaminhada para ser apreciada em plenário pelos parlamentares.

ASSESSORIA


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19
jun
2013

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A Escola Municipal Carlos Alberto iniciou ontem (18) o projeto “Atleta na Escola”, programa de formação esportiva escolar. Pelo menos 120 alunos do 6º ao 9º ano, entre 12 e 17 anos, participam desta etapa do programa, que termina nesta quarta-feira (19), na Praça de Eventos Nathália do Espírito Santo, antiga Estrela.

As atividades em corrida de velocidade e resistência e salto em distância envolvem as categorias masculino e feminino, subdividas em duas faixas etárias ( 12-14 e 15-17).

Segundo a professora de educação física Francinete Deyse, coordenadora do projeto, a iniciativa tem como objetivo “ a democratização do acesso dos alunos às práticas esportivas, investindo em educação com uma perspectiva mais abrangente, aliando esporte e saúde”.

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19
jun
2013

A Primavera Brasileira tomou corpo e rosto, finalmente. Já sabemos o que ela é. Trata-se da revolução do indivíduo.

As manifestações imediatamente anteriores ao Golpe de 1964 eram antes de tudo protestos empurrados por disputas de governos estaduais contra o governo federal. Em 1968 não foi muito diferente. Os estudantes foram às ruas, mas sob a sombra da Frente Ampla, comandada pelos caciques dos novos e velhos partidos. Quando da Campanha das Diretas, o mesmo se deu. A população tinha a sua força espontânea, mas a organização dos eventos de protesto nunca saiu das mãos dos governadores, então já eleitos diretamente. No Fora Collor, o melhor palanque foi o de Jô Soares e o movimento realmente foi, inicialmente, a partir dos “cara pintadas”, mas ganhou força por meio da articulação dos partidos de oposição e dos sindicatos.

Nos protestos atuais o canal é o Facebook e o Twitter e o que ecoa online é apenas o “vamos desorganizar para ver se conseguimos reorganizar do nosso jeito”. No ponto de partida e no ponto de chegada está o indivíduo falando para outros indivíduos. O suprassumo da doutrina liberal inventada no final do Renascimento põe seu estilo na passarela paulistana e de outras capitais. Ninguém está mediando nada ou pensando em ações futuras. Porque só um doido varrido planeja a desorganização. A desorganização não é a demolição, que pode ser planejada, a desorganização é a desorganização.

Mas a desorganização tem um preço que a demolição não tem. Nela, o futuro nem mesmo a Deus pertence.

Aos poucos tudo vira motivo para se achar que alguém organiza alguma coisa, e esse tipo de pensamento surge na cabeça de cada manifestante por conta do excesso de politização que corre nas veias da juventude brasileira, sempre tomada pelos conservadores e pelas lideranças partidárias, mesmo de esquerda, como despolitizada. O excesso de politização leva alguns a acreditarem que estão em meio a uma revolução de tipo clássico, uma vez que ninguém sabe direito, de fato, o que seja uma “revolução de tipo clássico”. Então, os próprios passos de cada indivíduo participante começam a ficar suspeitos: “será que a Rede Globo passou a apoiar o movimento?” ou “A Globo apoia, então o movimento vai ser jogado contra a Dilma, como algo de direita?” ou “Mas a Record também apoia, e ela é Lula!” ou “Há manifestantes que levantam cartazes de direita no interior dos protestos, serão eles ou serão os anticapitalistas de esquerda que tentaram alguns atos mais ousados de depredação?” ou “Será que Dilma vai, no limite, chamar seus antigos algozes para reprimir o povo?”

Tudo isso é passado de indivíduo para indivíduo alimentando as minhocas que os excessivamente politizados sempre carregam em suas cacholas. No meio disso, os gastos com a Copa e outras estripulias dos governos federal, estadual e municipal, em todo o Brasil, começam a vir à tona, causando raiva e indignação até mesmo na parte da população que, em princípio, estava contra os protestos. Aumenta o número de pessoas insatisfeitas com os políticos em geral.

Ninguém suporta pagar as coisas muito caras e ao mesmo tempo sustentar a confecção de caxirolas. Ninguém suporta ver os políticos de todo tipo viajando para Paris e muito menos os desmandos que ocorrem em todos os executivos. Ou seja, os governantes fizeram o que Fernando Collor fez: cutucou a onça com a vara curta, mexeram com os brios dos brasileiros à medida que criaram a situação de desmando. Os governantes foram e são os autênticos vândalos. E o vandalismo devolvido pelos indivíduos é reduzidíssimo em comparação ao que esses descarados continuam fazendo nos governos. Dilma sabe disso. Lula sabe disso. O PSDB sabe disso. Fernando Henrique Cardoso, lá em Higienópolis no seu confortável apartamento, ri de tudo isso. Aliás, de certo modo, ela está pouco se lixando até mesmo para o futuro do PSDB.

No momento em que escrevo Dilma vai se reunir com Lula para saber o que fazer diante da revolução do indivíduo. O PT terá de cumprir o seu papel histórico, o de reprimir a Primavera Brasileira e restaurar “a ordem”. E se isso acontecer, vocês verão como eles aprenderam a fazer tal coisa, do mesmo modo que aprenderam a roubar. Tanto fumaram o cachimbo dos adversários, os homens da Ditadura Militar e de outros partidos, que acabaram de vez ficando com a boca torta. O mensalão será uma mancha pequena na história do partido.

É significativo que Lula, fundador do PT, e Dilma, herdeira de Brizola, tenham que chegar a pensar até em bater na porta dos quarteis para interromper a revolução do indivíduo, a Primavera Brasileira. Quem vier a escrever essa história, depois, saberá que os gregos deram todos os instrumentos para tal, há mais de 2.500 anos. A revolução do indivíduo poderá nos dar uma tragédia grega. Caso não, o “desorganizar para tentar reorganizar do nosso jeito” passará. Veremos então se podemos mesmo reorganizar, e de qual jeito.

© 2013 Paulo Ghiraldelli Jr, filósofo, escritor, cartunista e professor da UFRRJ


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