“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

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07
nov
2014

Região liderou o volume de empregos gerados nos últimos 12 meses até junho com a marca de 1 milhão de postos.

Kleide Teixeira
Embora registrem, historicamente, um maior grau de desemprego do que os homens, as mulheres conseguiram melhorar mais a taxa de desocupação

O Nordeste liderou, em 12 meses até junho passado, a criação de vagas no mercado de trabalho, com um milhão de postos, de um total de 1,5 milhão em todo o país, segundo o IBGE.

De cada três empregos criados entre abril e junho, dois foram no Nordeste. Ou seja, mais de dois terços das vagas de trabalho geradas no país, no segundo trimestre de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado, foram no Nordeste, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Comparado de abril a junho de 2013, com os mesmos meses de 2014, a população ocupada no país cresceu 1,7%. Isso representa 1.495 milhão de trabalhadores a mais, sendo cerca de 1 milhão nos estados nordestinos, onde o crescimento chegou a 4,6%.

Desse total, 582 mil são empregos na iniciativa privada com carteira assinada. O resto são empregos informais e pessoas trabalhando por conta própria. A população com carteira assinada na localidade avançou 10% com esse resultado.

A informação consta da Pnad Contínua, pesquisa trimestral do instituto que coleta dados em todo o país. No Brasil, a população ocupada cresceu, nesse período, de 90,6 milhões para 92,1 milhões de pessoas.

O grande volume de vagas criado ajudou a diminuir a taxa de desemprego na região no período, de 10% para 8,8% do total de pessoas com 14 anos ou mais.

Esse menor percentual de desocupados, no entanto, ainda dá ao Nordeste o maior grau de desemprego entre as cinco regiões no segundo trimestre de 2014. A média nacional no período foi de 6,8%, segundo a Pnad Contínua.

Para Cimar Azeredo, Coordenador de Trabalho e Rendimento, a criação de vagas é resultado de melhora no cenário econômico da região. "Foi um movimento econômico que favoreceu a melhora dessas taxas".

Sobre as causas, ele não descartou o efeito de Copa, mas disse que não era possível atribuir aos eventos. "Houve Copa em outras regiões também", disse. O Nordeste teve quatro sedes para os jogos -Salvador, Recife, Fortaleza e Natal- o maior número entre as regiões.

Ele também descartou o efeito eleições, uma vez que as campanhas ainda não estavam acontecendo de forma intensa.
O Nordeste também mostra o maior percentual de pessoas fora do mercado. Do total de pessoas com idade para trabalhar, 43,1% não estavam procurando ocupação no segundo semestre. A média nacional é de 38,9%.

Com isso, o Nordeste tem o menor percentual de pessoas ocupadas em todo o país: 51,9% do total de sua força de trabalho, contra 56,9% do Brasil. O Norte tem taxa próxima à nacional, de 56,8%, e as demais regiões têm taxa de ocupação superior à média nacional.

É no Nordeste que se verifica o maior percentual de pessoas trabalhando por conta própria do país: 29,8%, ante uma média nacional de 22,9%.

Para o IBGE, a criação de vagas nos 12 meses encerrados em junho veio com forte carga de formalização do emprego.

Isso porque, segundo os resultados da Pnad Contínua, o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou em 1,8 milhão em todo o país, passando para 36,9 milhões de pessoas.

MULHERES LIDERAM

Embora registrem, historicamente, um maior grau de desemprego do que os homens, as mulheres conseguiram melhorar mais a taxa de desocupação do que eles, entre o segundo trimestre de 2013 e o de 2014.

Foram as mulheres, portanto, que melhoraram a taxa de desemprego, em um ano e também na variação trimestral da Pnad Contínua.

No segundo trimestre de 2013, 9,3% das mulheres com idade para trabalhar encontravam-se desempregadas, ou seja, buscavam emprego, contra 6% dos homens.

Em igual período de 2014, 8,2% delas procuram vaga, contra 5,8% dos homens.

A taxa nacional variou, no período, de 7,4% para 6,8% do total de pessoas com idade para trabalhar.

Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2014, o desemprego entre elas recuou de 8,7% para 8,2%, enquanto eles reduziram de 5,9% para 5,8%. No país, a taxa caiu de 7,15 para 6,8%.

Jornal da Paraíba


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07
nov
2014

Dinheiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,42% em outubro deste ano. A taxa é inferior às de setembro deste ano e de outubro do ano passado, que haviam sido 0,57% em ambos os períodos.

O IPCA acumula taxa de 5,05% no ano. No acumulado de 12 meses, a inflação é 6,59%, acima do teto da meta de inflação do governo federal, que é 6,5%. Os dados foram divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agência Brasil


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06
nov
2014


Givaldo cobra definição do prefeito Dominguinhos sobre festa de emancipação

O vereador Givaldo Morais (PC do B) disse, nesta quinta-feira (6), que o prefeito Dominguinhos (PSDB) deve anunciar logo se vai ou não realizar a festa dos 93 anos de emancipação política de Princesa Isabel, comemorada no dia 18 de novembro.

O parlamentar comunista anunciou que, caso a Prefeitura cancele o evento, vai reunir um grupo de amigos para viabilizar a festividade tradicional.

“Estamos só aguardando a decisão do gestor tucano. Se ele [Dominguinhos] não patrocinar uma atração musical para a festa, vamos nos cotizar e trazer uma banda para não deixar a data comemorativa mais importante do município passar em branco”, afirmou.

Segundo Givaldo, “o prefeito só não realiza a festa se não quiser, pelo menos com uma só atração musical. Dinheiro não falta, falta é zelo, respeito com os recursos públicos, enquanto sobra descaso com a cultura”. E acrescentou: “Nenhum prefeito, nos últimos anos, deixou da fazer a festa, e o atual gestor vai bater mais um recorde negativo, se não contratar um show musical que agrade a todos”.

Ele acrescentou que vai exigir de Dominguinhos “garantia pública de autorização, de cessão do espaço da Praça de Eventos Nathália do Espírito Santo [Estrela] para poder contratar uma banda de renome, se a administração municipal não realizar a comemoração”.

“O prefeito já deu sinais claros de pequenez política, ao negar autorização para dois eventos. Só vamos contratar se recebermos essa garantia. Caso contrário, vamos desistir da iniciativa. E a coisa fica como está: ele não faz e nem deixa a gente fazer”, ressaltou.


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06
nov
2014

Governo do Brasil

O total gasto em campanha pelos deputados e senadores eleitos para assumir em 2015 chegou a R$ 1,1 bilhão, segundo dados do Estadão. O períodico alcançou este número com base na prestação de contas dos candidatos, divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O montante é 11% maior em relação a Eleição de 2010, descontada a inflação do período. O dinheiro vem principalmente de empresas, fator que a prometida reforma política promete pôr fim.

Segundo o Estadão, a campanha dos deputados neste pleito foi 34% mais cara e dos senadores 16%. Isso significa em cifras, R$ 200 milhões a mais arrecadados em comparação a 2010. No total, os candidatos a uma vaga na Câmara angariaram R$ 721 milhões e ao Senado, R$ 124 milhões para 27 novos senadores. O valor dos candidatos ao Senado é somado aos R$ 274 de 54 eleitos em 2010, pois eles têm mandato de oito anos. Esta soma leva ao total de R$ 1,1 bilhão.

Eleger deputados e senadores nunca foi tão caro, mas essa questão tem sido observada em anos anteriores. A cada pleito, uma campanha custa mais, tanto para deputado quanto para senador. Aqueles que pleiteiam uma vaga no Parlamento têm três opções de financiamento: doação de empresas (pessoas jurídicas), doação de pessoas físicas (a maioria os próprios candidatos) e o Fundo Partidário (dinheiro do Tesouro Nacional).

Empresas financiadoras

Os maiores financiadores são mesmo as empresas. De cada R$ 4 gastos, R$ 3 foram doados por empresas. Dos R$ 721 milhões usados pelos deputados, R$ 533 milhões saíram de pessoas jurídicas. Isso representou este ano, 77% do valor gasto em campanhas. Portanto, se o Supremo Tribunal Federal (STF) estivesse votado a proibição de doações empresariais para campanhas políticas, quase todo o montante seria ilegal, não poderia ter sido recebido pelos candidatos. Essa proibição é o principal ponto a ser debatido na reforma política, tão mencionada nas eleições deste ano.

As principais empresas doadoras são grandes nomes como a JBS (frigorífico), grupo Vale, Ambev, empreiteiras, e bancos como Itaú e Bradesco.  Entre 4.422 empresas doadoras, 67 ou 1,5% delas doaram 50% de tudo o que foi gasto pelos candidatos.

CNM


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06
nov
2014

Em meio à crise hídrica, São Paulo usará esgoto tratado no abastecimento

São Paulo passará a usar água de reúso (esgoto tratado) no abastecimento da população, anunciou o governador Geraldo Alckmin. A medida também será adotada por Campinas, cidade localizada a 100 quilômetros da capital. Os municípios paulistas passam pela maior crise de abastecimento de água já enfrentada.

De acordo com o governo estadual, o esgoto, após tratado, será lançado à Represa Guarapiranga e ao Rio Cotia. Misturada ao manancial, essa água é novamente tratada e transformada em água potável. A previsão é que as obras, que incluem duas estações de produção de água de reúso com capacidade de gerar três mil litros por segundo, sejam entregues em dezembro de 2015. Os empreendimentos estão em andamento desde julho de 2013, com investimentos de R$ 76,5 milhões.

Outra medida adotada pelo governo paulista é o aumento da retirada de água no Guarapiranga. O fornecimento neste mês será de mil litros por segundo, quantidade que atende a 300 mil habitantes. Serão construídos 29 reservatórios para ampliar em 10% a produção de água. A meta é que todos fiquem prontos até o fim de 2015. O investimento alcançará R$ 169 milhões.

No município de Campinas, a Sociedade de Abastecimento de Água e Esgoto (Sanasa) anunciou, no final de outubro, que vai modificar a Estação de Tratamento de Esgoto Anhumas para produzir água de reúso. Essa água é lançada no Rio Atibaia com 99% de pureza, assegura o prefeito Jonas Donizette.

Um sistema adutor, executado em parceria com o Aeroporto Internacional de Viracopos, que já adota a tecnologia, vai também levar água da Estação Produtora de Água de Reúso (Epar) para o Rio Capivari. No total, a ampliação no volume de água, que deve estar pronta em dois anos, chega a 290 litros por segundo no Rio Capivari e 600 litros por segundo no Rio Atibaia.

O especialista em Recursos Hídricos da Universidade Estadual de Campinas, Antônio Carlos Zuffo, avalia que o abastecimento com o esgoto tratado é uma boa solução. “Vivemos numa região que não produz água suficiente para o abastecimento e vamos ter que fazer o reúso. Só que esse reúso tem que passar pelo tratamento, jogar num rio ou numa lagoa para aumentar o tratamento natural. Depois capta novamente a água e passa pela estação de tratamento. Então, passa por três tipos de tratamentos.”

Zuffo esclarece que a água de esgoto tratada lançada aos rios chega a ter mais qualidade que a água encontrada nos mananciais. Segundo ele, muitas cidades do mundo já utilizam essa água, como é caso da Califórnia, nos Estados Unidos. Lá, o efluente é injetado no solo, para que passe pelo filtro natural e retorne em nascentes para ser captado.

“O mito nessa história é que efluente de esgoto, a gente não pode consumir. A estação de tratamento de esgoto não trata 100%, não torna potável, mas lança no curso de água já com uma qualidade melhor que alguns lançamentos diretos”, disse. De acordo o especialista, a água presente nos rios, muitas vezes, tem qualidade inferior por conter esgoto diluído, jogado de forma irregular.

EBC


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06
nov
2014

O coordenador da campanha do segundo turno do governador Ricardo Coutinho (PSB), ex-senador Efraim Morais (DEM), comemorou o almoço com lideranças políticas do estado e destacou que o desafio maior começa agora: ‘O que a Paraíba deseja é que Ricardo faça o governo ainda melhor do que fez nos últimos quatro anos’.

Em entrevista exclusiva ao Sistema Arapuan de Comunicação, o ex-senador destacou a ‘extraordinária vitória’ do governador e que eles (os prefeitos e lideranças) ao lado do povo foram os responsáveis por essa vitória.

Morais frisou que acredita na força do trabalho e na perspectiva de desarmamento dos espíritos e palanques. Para o ex-senador o ano de 2015 não será fácil para a economia do Brasil como um todo e que é preciso a classe política se unir não em torno de Ricardo, mas da Paraíba ‘buscando cada vez o melhor para o povo’.

Paraiba.com.br


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06
nov
2014

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Ex-ministro Ciro Gomes (Pros) se diz surpreso como a presidente Dilma Rousseff conseguiu se reeleger com a equipe que montou no governo: ‘E o problema não é a conciliação com picaretas bem-recomendados pela “base”, enquanto a presidenta faz, repleta de sinceridade, um discurso moralista. O pecado do pecador é desculpável, o do pregador, nunca. Ou bem se reproduz a moralidade FHC/lulista de que “é assim ou não se governa”, ou conheçamos o exemplo recente de Itamar Franco, que governou sem conciliar com a ladroagem’; no início da semana, seu irmão, o governador do Ceará Cid Gomes, apresentou a Dilma a proposta de criação de uma frente de esquerda ou até um novo partido de apoio a seu governo para garantir a governabilidade no segundo mandato

247 – Em artigo publicado na Carta Capital, o ex-ministro Ciro Gomes (Pros) diz que a presidente Dilma Rousseff precisa governar com “melhores companhias”. Esta semana, seu irmão, o governador do Ceará Cid Gomes, também apresentou a Dilma a proposta de criação de uma frente de esquerda ou até um novo partido de apoio a seu governo para garantir a governabilidade no segundo mandato.

Leia aqui o artigo de Ciro:

Dilma precisa de melhores companhias

É incrível que ela tenha escapado da derrota com a equipe que montou no governo

O submundo do mercado e da política não deram à reeleita Dilma Rousseff nem 24 horas de trégua. E não haverá paz. Isso significa duas coisas neste momento: há muito pouco tempo para o novo governo se iniciar (o calendário gregoriano pouco importa aqui) e tudo o que ela não deve nem pode fazer, sob pena de se desconstituir muito rapidamente, é tomar iniciativas atabalhoadas que simbolizem uma rendição deslegitimadora a uns ou a outros. A alta dos juros básicos da economia, estabelecidos pelo Banco Central, na quarta-feira 29 foi péssimo sinal.

Aumentar a gasolina neste contexto, fatal. Negociar com a escória que vota contra o governo na Câmara dos Deputados, e, logo, logo, no Senado, em seus termos e por meio da pedagogia da chantagem, será mortal.

Não creio exagerar em nenhum desses argumentos. Dilma Rousseff só venceu as eleições pelo fato de a maioria precária de nós, brasileiros, perdoarmos as graves contradições de sua governança e, especialmente, de sua condução da economia. E o fizemos por argumentos de duas ordens: confiamos em sua boa-fé e decência pessoal, vis-à-vis a crônica de desmandos e escândalos magnificados pelos sócios majoritários da imoralidade pátria, especialmente na grande mídia. E, acima de tudo, penso eu, por percebermos que, por trás de tudo, é possível enxergar que a “turma” que Dilma de fato representa, apesar de sua mania de andar mal-acompanhada, os valores mais importantes para o povo: o compromisso nacional, o trabalho como bem central em uma nação civicamente sadia, o compromisso moral com a superação da vergonhosa desigualdade que nos aparta (de um lado, uma elite minúscula, mas aferrada a uma cultura escravocrata, de outro, imensas maiorias excitadas com informação globalizada de um padrão de consumo ao qual não conseguem ascender com o pouco que evoluíram).

Não é o suficiente para sustentar um novo governo com os problemas graves e urgentes no horizonte, mas é suficiente para recomendar: nesses valores, e não naqueles dos reacionários, Dilma precisa escorar-se para enfrentar a difícil tarefa que lhe espera.

Algumas obviedades, outras nem tanto: equipe, agenda, foco, amor ao resultado, urgências. Nada disso caracterizou o governo que se “encerrou”. Na verdade é incrível que Dilma tenha escapado da derrota com a equipe (salvemos as raríssimas exceções) inacreditável com que governou. E o problema não é a conciliação com picaretas bem-recomendados pela “base”, enquanto a presidenta faz, repleta de sinceridade, um discurso moralista. O pecado do pecador é desculpável, o do pregador, nunca. Ou bem se reproduz a moralidade FHC/lulista de que “é assim ou não se governa”, ou conheçamos o exemplo recente de Itamar Franco, que governou sem conciliar com a ladroagem. Dando ao intermédio a condição de se entender aqui, em outra linguagem, na nossa: 36 anos de experiência me autorizam a afirmar, assim se obtém a maioria. O oposto levaria a uma crise de legitimidade e sinceramente não sei se Dilma teria condições de administrá-la.

Crise mesmo não é, porém, aquela essencialmente política, embora possa ser igualmente complexa. A crise potencialmente explosiva é a econômica. O País tem sido administrado da mão para a boca e nossas margens se estreitam de forma muito grave. Também aqui não creio exagerar. O ano de 2015 já será difícil se for feito tudo o que é preciso. E será pior se nada for feito.

Alguns números para embasar as minhas preocupações: o desequilíbrio nas contas correntes do Brasil com o exterior é o maior da história e tende a aumentar (86 bilhões de dólares). A balança comercial de produtos manufaturados (diferença entre o que compramos e vendemos no mercado internacional no setor industrial) alcança 106 bilhões de dólares. As contas fiscais se deterioraram aceleradamente nos últimos meses e a reversão pela via conservadora e não seletiva levará inevitavelmente à recessão.

Do câmbio vem uma pressão inflacionária, da área fiscal, uma pressão recessiva. Primeiro efeito: estagflação. Resultados mais graves: o estreitamento da margem para os ganhos salariais e, no médio prazo, para a manutenção do nível de emprego. Se acontecer, os fundamentos centrais do novo e precário contrato político de Dilma Rousseff com a maioria será atingido.

Para tudo há solução. Nenhuma delas mágica, acredito. Mas nenhuma produzida a partir da prostração ideológica que caracterizou a campanha eleitoral. Fora do trivial cardápio moralista, discutiram-se apenas as nuances de conservadorismo.

A presidenta precisa desinterditar o debate, chamar a inteligência brasileira e pedir que todos deixem suas certezas na porta de entrada e, livres de preconceitos, produzam uma ideia comovente ao País. Uma economia política inteligente guiada pelo pragmatismo na superação de nossos desequilíbrios. Um projeto de nação que coloque todo e qualquer sacrifício na perspectiva de uma construção de futuro.

Não duvide: se Dilma temer os riscos e preferir as acomodações que se planejam para ela e seu tempo precário… Bem, Deus proteja o Brasil.

Brasil 247


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