“Os homens sábios usam as palavras para os seus próprios cálculos, e raciocinam com elas, mas elas são o dinheiro dos tolos”.

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, autor de Leviatã

dom
15
fev
2015

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As festividades do ‘Carnaval 2015’ da Prefeitura de Princesa Isabel, que começou ontem (14), prosseguem neste domingo (14).

Segundo a programação oficial divulgada pela Prefeitura, um trio elétrico, a Orquestra Harmonia Frevo e o DJ Luciano vão animar hoje os foliões na Praça de Eventos Dona Nathália do Espírito Santo [antiga Lagoa ou Estrela], no Centro da cidade, das 18h a 01h.


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dom
15
fev
2015

Com nebulosidade variável, este domingo (15) de carnaval apresenta possibilidade (80%) de chuva de curta duração que pode ser acompanhada de trovoadas a qualquer hora do dia em Princesa Isabel, Água Branca, São José de Princesa, Juru, Tavares e Manaíra, segundo aponta o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura máxima prevista é de de 25°, e a mínima, de 20°.

Abaixo, a previsão do Centro para a região Nordeste:

No norte do CE, no RN, nordeste da PB e sudoeste da BA: possibilidade de pancadas de chuva à tarde. No sul da BA: sol e poucas nuvens. No leste da BA: possibilidade de chuva. Nas demais áreas da região: variação de nuvens com pancadas de chuva. Temperatura estável. Temperatura máxima: 38C no oeste do RN. Temperatura mínima: 15C no centro-sul da BA.


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dom
15
fev
2015

O Governo do Estado está concluindo as obras de pavimentação da PB-138, que liga a Alça Sudoeste, em Campina Grande, ao distrito de Catolé de Boa Vista. No total, foram pavimentados 18 quilômetros com investimento de R$ 14,7 milhões, recursos oriundos do Tesouro do Estado e do contrato com a Corporação Andina de Fomento (CAF). A obra vai beneficiar mais de 350 mil pessoas ao encurtar a distância entre as zonas rural e urbana e proporcionar mais conforto e segurança na viagem e desenvolvimento econômico na região.

A estrada foi pavimentada em concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), com capacidade para tráfego pesado. A comunidade de Catolé de Boa Vista esperava pela pavimentação da estrada há 50 anos. A estrada asfaltada vai melhorar o escoamento do minério de Boa Vista pela BR-230 e a expansão de Campina Grande com indústrias, comércio, condomínios e clubes campestres.

De acordo com o diretor de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba (DER), Hélio Cunha Lima, a pavimentação vai promover o desenvolvimento social e econômico da região; ampliar e modernizar a infraestrutura rodoviária do Estado; apoiar a atividade de mineração de bentonita na região; ofertar economia de transporte, conforto e segurança a usuários da rodovia; gerar empregos e renda na região, além de melhorar a qualidade de vida da população local. O DER está sinalizando a rodovia, última etapa das obras.

O tráfego médio por dia na rodovia é de mais de 690 veículos: automóveis, camionetas, ônibus, caminhões e motos. Os principais serviços realizados foram: terraplenagem em cortes e aterros, alargamento e reforço estrutural de três pontes, sistema de drenagem para águas pluviais e subterrâneas, pavimentação asfáltica, cercas de segurança da faixa de domínio, gramagem e paisagismos em taludes e sinalização horizontal e vertical.

Secom-PB


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dom
15
fev
2015

cerveja
A  cerveja  e  o  chope  tiveram, recentemente, alta  de  10,89%          

Os produtos e serviços típicos no carnaval estão 7,42% mais caros este ano do que na festa do ano passado – quase no mesmo nível da inflação dos últimos 12 meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (IPC-FGV), que acumulou 7,66% de fevereiro de 2014 a janeiro deste ano.

A carestia de carnaval está mais alta, porém, em relação aos 7,14% acumulados no mesmo período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que serve de parâmetro para a inflação oficial, divulgado no último dia 6.

O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), explicou que  as despesas relacionadas a produtos e serviços de carnaval ficaram abaixo do IPC-FGV porque, em janeiro, os preços de alguns itens que não têm nada a ver com a festa subiram pontualmente. É o caso das passagens de ônibus urbano, da mensalidade escolar e da energia elétrica, por exemplo. “Então, tem três impactos aí acelerando a inflação no último mês, que distanciam um pouco a inflação do carnaval”, afirmou Braz.

Para ele, se não fosse considerado o efeito dos preços administrados, a inflação convencional ficaria em torno de 6,5%, mais baixa que a do carnaval. Braz ressaltou que a inflação do carnaval não perde importância por isso: "mostra que os serviços, que são o que há de mais importante nesta época, ainda pressionam a inflação”.

Embora a pesquisa identifique, no segmento de alimentação, a maior alta no café da manhã (14,90%) – que reúne itens variados como pão, manteiga e leite, entre outros, André Braz chama a atenção para o reajuste de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, como cervejas e chopes (10,89%) e refrigerantes (11,62%), além de hotel (11,98%).

“Tudo que o folião usa mais neste período, ou mesmo refeição fora de casa, tanto em bares como restaurantes, subiu bem mais que a inflação média. Estão com alta de 10% e acima disso”, comentou o economista. Ele reforçou que, no caso das bebidas, o maior consumo é incentivado também pelo calor típico da estação de verão, o que contribui para elevar o preço final.

Em sentido inverso, a pesquisa apurou deflação de 4,15% em passagem aérea e de 1,18% em protetores para a pele.

EBC


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dom
15
fev
2015

O deputado federal Efraim Filho (DEM), reeleito nas eleições 2014, admitiu essa semana a possibilidade de seu pai, o ex-senador Efraim Morais, vir a candidatar-se a cargo no executivo nas próximas eleições.

Efraim Morais é atual secretário de Estado do Governo e segundo o deputado federal Efraim Filho, “possui potencial” para atuar no executivo e poderá ser candidato à prefeito tanto na Região Metropolitana de João Pessoa, quanto no Sertão do Estado.

“Efraim Morais é uma pessoa jovem, está com 61 anos, é secretário de governo, coordenou a campanha de Ricardo, então ainda é cedo para decisões. 2016 será pensado em 2016, afirmou o parlamentar, já fazendo campanha em prol do nome do pai.

Efraim Filho ressaltou que atua sempre junto ao seu pai e que a vitória de um corresponde a vitória de ambos, já que seu pai vê nele a continuação de sua trajetória política.

“Ele tem em minha pessoa uma projeção da carreira política dele. Hoje trabalhamos juntos, em parceria. Tenho esse respeito a meu pai e quem sabe poderá haver uma disputa por uma cidade da Grande João Pessoa ou uma cidade do Sertão.

Pai e filho, que são líderes políticos na região de Santa Luzia, no Sertão da Paraíba, ainda mantém o mistério sobre possível candidatura de Efraim Morais em 2016, mas não descartam essa hipótese, segundo o parlamentar: “Em 2016 pode vir surpresa pela frente", arrematou.

Nas eleições de 2012 o deputado federal Efraim Filho disputou o cargo de vice prefeito na chapa encabeçada pela socialista Estela Bezerra (PSB), que abarcou apenas a terceira colocação no pleito.

PBAgora


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dom
15
fev
2015

Resultado de imagem para imagens de axé music na ebc O axé de Luiz Caldas no reveillon da TV Brasil

A axé music chegou aos 30 anos. O gênero, que marca o carnaval baiano e leva milhões de foliões à loucura, teve início com a música Fricote, de Luiz Caldas e Paulinho Camafeu, em 1985. De lá para cá, o ritmo ganhou novos contornos a partir da mistura com outros gêneros como o sertanejo, o samba e o pagode. O movimento de aproximação com diferentes fontes musicais também gerou críticas sobre uma possível crise do axé.

Para o coordenador do curso de graduação em música popular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Ivan Bastos, entretanto, isso é um movimento natural.

Alguns falam em crise criativa, mas eu não acho que é isso,. Essa mistura se dá por conta do capitalismo. Produtores, empresários e artistas veem que isso dá dinheiro e resolvem fazer. A nova tendência dá visibilidade ao cantor e acontece com outros estilos também.”

Segundo o professor, a nova composição das bandas após a saída de vocalistas que estouraram nas décadas de 80 e 90 e até nos anos 2000, como Netinho, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte e Bell Marques, também é consequência desse ciclo natural e de interesses comerciais. “As gerações vão se sucedendo e a moda também. O antigo modelo é superado e assim surge espaço para outros nomes”, destaca.

O professor e vice-reitor da UFBA, Paulo Miguez, especialista em carnaval, avalia que a mistura de gêneros é positiva. De acordo com ele, o axé é composto por diversas formas, como a música dos blocos afro, do trio elétrico e do afoxé, o que representa um sinal de vitalidade do gênero. Ele destaca que é preciso diferenciar o axé no sentido estético musical do negócio que o movimento gera.

“O axé, no sentido estético, é muito interessante, formado por uma mistura, e gera importante transformação na cena cultural baiana. Isso é uma coisa fantástica. Já o aspecto comercial é concentrado, as oportunidades são poucas e o ativo fundamental desse negócio é o ‘sistema de estrelas’, a partir do qual é definido o valor a ser cobrado nos ingressos.”

De acordo com o cantor e compositor Luiz Caldas, considerado precursor do gênero, o axé vive um momento maravilhoso e as mudanças fazem parte do novo cenário musical. Ele destaca que o ritmo levou Salvador para o mundo e inovou o carnaval baiano. O cantor diz também que o axé foi responsável por “abrir novamente as portas” da imprensa para a Bahia depois do sucesso de Caetano Veloso, Gilberto Gil, dos Novos Baianos, de A Cor do Som, entre outros.

“Muita gente diz que o axé music está em crise, mas isso é uma crise particular, é a crise de alguns. Eu mesmo vivo meu melhor momento musical e sou o criador do axé music. Hoje, olhando para trás e vivendo o presente, digo que é um momento de criação e celebração. Vamos para a frente que vem muita gente por aí.”

Agência Brasil


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dom
15
fev
2015

“Na primeira vez que ouvi o bloco dos caboclinhos ensaiando, tive medo. Pensei que eram índios mesmo. Eu era apenas um curumim”

Otávio Sitônio

Lembro-me de Quebé vestido de mulher e sua mãe arrancando as latas de manteiga usadas como próteses de peitos, a cara do meninão toda pintada, talvez com a maquiagem materna. As pequenas, de duzentas gramas, não estavam de todo deslocadas, pois manteiga é feita de leite, e leite vem de peitos. Essa a primeira lembrança que tenho do Carnaval. A mãe de Quebé esbravejava, não queria o filho homem naquela fantasia, mas ele ria, nós ríamos com a raiva de Dona Nilza. Depois dessa brincadeira se passaram mais de sessenta anos.

Havia mais. No oitão, na beira do bosque da Bica – na rua dos Bandeirantes –, desfilavam moleques batendo em latas, cada um mais sujo que os outros, as caras pintadas como a de Quebé. Eram chamados “caretas”. Não cantavam, só faziam uma percussão anárquica, sem ritmo. Eu não entendia o porquê daquela zoada, daquelas roupas, mas achava graça.

A ursa até que fazia medo, vestida naqueles panos felpudos, a cintura amarrada com uma corda, a molecada batendo nas latas, de porta em porta na esperança de arranjar algum dinheiro para se brincar o Carnaval. Quando se estava liso, dizia-se que naquele ano ia se sair “à la ursa”, e não “ala ursa”, como alguns dizem hoje.

Os carros desfilavam organizadamente no chamado “corso”, pelas ruas do centro da cidade. Pagavam uma taxa, não sei se à Prefeitura ou ao Departamento de Trânsito, para ter o direito de entrar na fila boba. Tirava-se o bojo do escape, colavam-se confetes na pintura do carro, pintavam-se as caras como Quebé. A turma do corso fazia o carnaval dos ricos, naquele tempo só os ricos tinham os carros tão caros.

Alguns foliões alugavam caminhões e saíam fantasiados em blocos, alojados nas carrocerias. Era assim que os Piratas de Jaguaribe iam literalmente para o corso, vestidos de preto, espadas de pau na cintura, a “July Roger” drapejando a caveira e suas tíbias para a plateia à beira do trajeto.

Na primeira vez que ouvi o bloco dos caboclinhos ensaiando, tive medo. Pensei que eram índios mesmo. Eu era apenas um curumim. Eles saíam a pé pelas ruas do centro, tocando seus pífanos e tambores, dançando suas fantasias de penas de peru e pavão. Eram o que havia de mais bonito no Carnaval; naquele tempo, as mulheres ainda não saiam nuas.

O Carnaval era diferente, tudo muda com os tempos. O Carnaval de rua não tem mais a espontaneidade popular, foi organizado na forma de grandes blocos “puxados” por trios eletrificados. Acabou-se o Carnaval de clubes. A festa dos ricos faliu. Outrora, as crianças da classe média brincavam na matinê do Clube Astrea, bem situado na antiga e mística Rua do Tambiá. O dancing era um grande terraço aberto à ventilação. A frente norte dava para uma alameda de fícus, preferida pelos namorados que dançavam dois a dois, rostos colados, as marchinhas e os frevos da época no ritmo de seu corações: “se você fosse sincera, / ô ô ô, Aurora…”

Ficamos adolescentes e passamos a tomar “astreano”, um coquetel parecido com o “rabo de galo”, possivelmente à base de cachaça e do vermute Cinzano. O bar do clube servia a beberagem sem revelar sua fórmula. O Clube Cabo Branco ainda ficava em Jaguaribe, lá para as bandas do prado, havia prado, corridas de cavalos. O Cabo Branco também promovia matinês infantis, mas não tão concorridas como as do Astrea. E havia as matinais infantis da AABB – a Associação Atlética Banco do Brasil.

Não estou falando do Carnaval dos adultos; este é de ontem, não é de anteontem. Este não passou pelo meu oitão, moleques batendo latas, o povo dançando à la ursa.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.


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