Esta quarta-feira (21) apresenta chance (90%) de chuva de curta duração que pode ser acompanhada de trovoadas a qualquer hora do dia em Tavares, Juru e Água Branca, enquanto Princesa Isabel, Manaíra e São José de Princesa têm possibilidade (87%) quase igual, segundo aponta o Centro de Previsão de Tempo e estudos Climáticos (CPTEC).

Na maioria dos municípios, a temperatura continua amena, com máxima prevista de 24°C, e a mínima, de 19°C.

Abaixo, a previsão do Centro para a região Nordeste:

Em grande parte do MA, norte do PI, no CE, centro-oeste do RN, grande parte da PB, PE, em AL e SE: variação de nuvens e fortes pancadas de chuva localizadas. No norte e leste do RN e na faixa litorânea da PB até SE: muitas nuvens e chuva periódica. No leste da BA: chuva isolada. Nas demais áreas do PI e oeste da BA: sol e poucas nuvens. Nas demais áreas da região: nublado. Temperatura estável. Temperatura máxima: 33°C no PI. Temperatura mínima: 18°C no interior da BA.

As empresas de serviços da Paraíba não seguiram a tendência nacional de desaceleração e o setor registrou expansão de 11,5% em março, quando comparado ao mesmo mês do ano passado, a maior taxa crescimento da Região Nordeste e a quarta do país.

Os dados foram divulgados nessa terça-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em dados na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). O crescimento de março do setor paraibano foi também superior ao de fevereiro quando o índice chegou a 9,8%. Já o país registrou desaceleração em março ao apresentar alta de 6,8%, enquanto em fevereiro havia registrado 10,1%.

Com o ritmo aquecido no início deste ano, a Paraíba manteve a liderança na região Nordeste no fechamento do primeiro trimestre no setor de serviços. De acordo com os dados do IBGE, o índice acumulado de janeiro a março da Paraíba é de 12,9%. No trimestre, o mês de janeiro registrou a maior alta (17%) do setor, seguido logo de março (12,9%), enquanto fevereiro fechou em 9,8%.

No ranking do Nordeste no primeiro trimestre, após a Paraíba, aparecem os estados do Rio Grande do Norte (9,8%), do Ceará (9,2%) e do Maranhão (7,2%). A Paraíba, além de liderar na Região, continua sendo o único Estado da Região que cresceu acima de dois dígitos. Já o país acumula alta de 8,7% no primeiro trimestre.

Na análise regional, todos os estados apresentaram variação nominal positiva em março, com as maiores taxas partindo do Mato Grosso (20,4%), do Distrito Federal (20,3%), do Acre (15,1%) e da Paraíba (11,5%). As menores taxas foram registradas em Rondônia e Piauí, ambas com 0,7%, Roraima (1,2%), Sergipe (1,3%) e Tocantins (2,0%).

Secom-PB

O ex-senador Efraim Morais, presidente estadual dos Democratas, lançou ontem um edital no qual convoca os membros da executiva estadual para uma reunião que será realizada na sexta-feira, 23, na sede do partido, em Tambiá, a partir das 9h, com o objetivo de debater e definir os rumos que a legenda adotará para as eleições estaduais 2014 e deliberar sobre coligações majoritária e proporcionais, além de outros temas de interesse do partido.

A direção Executiva do Democratas, além do presidente Efraim Morais,  conta com a participação dos cinco deputados, sendo quatro estaduais e um federal, além de lideranças estaduais que representam os prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e militantes de todas as regiões do Estado.

Segundo Efraim Morais: “A expectativa é que na reunião se consolide, através de ampla maioria, o apoio do partido à manutenção da aliança e reeleição do Governador Ricardo Coutinho, haja vista que o partido participa das ações do governo desde o primeiro momento e seria incoerente romper este vínculo às vésperas das eleições.”

Perguntado sobre a posição de alguns deputados que teriam anunciado posição divergente da Direção Estadual, Efraim assegurou que “Os deputados terão vez, voz e voto na reunião da Executiva. A dissidência será respeitada e não vejo motivos para retaliação daqueles que pensam diferente, afinal, o nome do partido já anuncia, somos democratas.”

ParlamentoPB

Um dos partidos cobiçados pelos três pré-candidatos ao governo do Estado é o PR do deputado Wellington Roberto. O líder da legenda na Assembleia Legislativa, o deputado Caio Roberto, confirmou que existe uma tendência do partido marchar com o PMDB, mantendo assim, apoio a candidatura de Veneziano Vital do Rêgo.

Em entrevista a Correio FM, Caio Roberto (PR), afirmou inicialmente, o partido está indeciso em relação a formar composição entre PMDB ou PSDB. Entretanto, ele também colocou que existe uma posição natural de que seu partido se alie ao PMDB de Veneziano Vital do Rêgo. Segundo Caio, o PR estipulou um prazo até o dia 30 deste mês para decidir o rumo que tomará no pleito que se aproxima.

– Eu estive com Wellington Roberto e ele disse que temos até o dia 30 para dizer quem iremos apoiar nas eleições de outubro. Existe uma tendência natural que marchemos com o PMDB, em virtude dos apoios que prestamos ao partido em eleições passadas – comentou.

Caio colocou que tanto Cássio como Veneziano estão propensos a realizar um trabalho melhor do que o da atual gestão de Ricardo Coutinho (PSB). Ele ressaltou ainda que acredita no crescimento de Veneziano dentro do cenário político atual.
– Eu acredito muito na eleição de Veneziano, existe um lapso muito grande para crescimento dentro da situação que vivenciamos. Acredito em um segundo turno entre Cássio e Veneziano, os dois se mostram como a verdadeira oposição. Cássio foi um grande governador e Veneziano foi um grande prefeito, ou um ou outro fará um trabalho melhor que o de Ricardo Coutinho – pontuou.

Em recente entrevista na Rádio Caturité em Campina Grande, o deputado federal e presidente do PR na Paraíba, Wellington Roberto, reafirmou que o seu partido está firme em manter a aliança com o PMDB e consequentemente, apoiar a candidatura de Veneziano Vital do Rêgo ao governo do Estado.

Wellington Roberto ressaltou na ocasião, que o PMDB e o PR tem muitos pontos em comum, e devem marchar juntos mais uma vez. Entretanto, o deputado observou que caso seu partido não firme uma aliança com o PMDB, estará disposto a dialogar com outras lideranças, inclusive com o senador Cassio Cunha Lima. Ele garantiu não ter nada contra o senador Cássio, com quem mantêm uma relação política de muitos anos.

– Vou aguardar os acontecimentos, se o PMDB cumprir com o PR estarei pronto para cumprir o compromisso, se não eu estarei aberto para conversar com outras lideranças paraibanas, menos, o atual governador Ricardo Coutinho. Não tenho nada contra ele, mas nós não temos condições de marchar juntos, o PR não tem condições de apoiar a reeleição do Ricardo – destacou.

Enfático, o deputado afastou qualquer possibilidade do seu partido apoiar á reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB). Segundo ele, o PR não tem interesse em apoiar a reeleição do socialista.

PB Agora

A 3ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande determinou, nesta terça-feira (20), em caráter liminar, a indisponibilidade dos bens do ex-prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB) e do ex-presidente do Ipsem, Vanderley Medeiros. A medida foi tomada depois que a Procuradoria Geral do Município propôs uma Ação Civil Pública contra os dois ex-gestores.

De acordo com a ação, os dois ex-gestores não teriam pago o parcelamento de contribuições patronais da Prefeitura de Campina Grande ao Ipsem, no período de junho a dezembro de 2012, e o décimo terceiro salário, provocando prejuízos e gerando dívidas para o instituto de previdência.

“A PGM (Procuradoria Geral do Município) atuou nesse caso, assim como em outras ações que propomos na Justiça, em defesa do patrimônio público e do patrimônio e do direito dos servidores públicos da prefeitura, que jamais poderão ser lesados por ex-gestores. Toda e qualquer ação que vá de encontro à lei e que tenha sido praticada por ex-gestores será objeto de nossas ações e o poder judiciário mais uma vez reconhece isso”, destacou o procurador geral do Município, José Fernandes Mariz.

Pré-candidato a governador nas eleições deste ano, o ex-prefeito Veneziano Vital do Rego governou o município de Campina Grande entre os anos de 2005 e 2012. Os débitos deixados por gestões anteriores no Ipsem, segundo relata a sentença judicial, ultrapassam os R$ 45 milhões.

“No presente caso, analisando o contexto exordial, bem como os documentos acostados aos presentes autos, verifica-se que existiram os parcelamentos mencionados pelo autor, e há fortes indícios de que o gestor municipal efetuava os descontos da previdência dos vencimentos dos servidores e não repassava para o Instituto de Previdência”, diz trecho da sentença expedida pelo juiz Ruy Jander.

Paraíba Já

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que no mês de abril foram habilitadas 15,49 mil linhas de celular e o país fechou o mês com 273,6 milhões de linhas ativas. O número de habilitações em abril é mais baixo do que o registrado em meses e anos anteriores.

Em fevereiro e março deste ano, foram habilitadas 370 mil e 860,2 mil linhas, respectivamente. Em abril do ano passado, quase 500 mil celulares foram habilitados e, em abril de 2012, foram 2,2 milhões de habilitações em um único mês. A Anatel não se pronunciou sobre o baixo número de ativações em abril.

Segundo a Anatel, operam no Brasil 135,21 celulares para cada grupo de 100 habitantes. A maior teledensidade está no Distrito Federal, com 217,97 celulares ativos para cada 100 habitantes.

Os acessos pré-pagos representam 77,35% do total de celulares do país e os pós-pagos são 22,65%. Em abril, a banda larga móvel chegou a 118,41 milhões de acessos, dos quais 2,49 milhões eram terminais 4G.

Em abril, a operadora Vivo liderava o mercado, com 28,71% de participação, seguida da TIM, com 27%; da Claro, com 25,03%; da Oi, com 18,52%; da CTBC, com 0,39%; da Nextel, com 0,29% e da Sercomtel, com 0,02%.

Agência Brasil

(Foto: Reprodução/Facebook)

O Hospital Regional de Princesa Isabel (HRPI) recebeu, na tarde dessa segunda-feira (19), novos equipamentos.

Segundo o diretor geral do HRPI, Ricardo Pereira, a unidade ganhou dois autoclaves [aparelho para esterilizar instrumentos] e uma lavanderia.

Ainda de acordo com Ricardo Pereira, “os novos equipamentos, destinados pelo governo da Paraíba via Secretaria de Estado da Saúde, chegaram para melhor qualificar, organizar e estruturar o HRPI, de maneira a garantir mais melhorias no atendimento”.

Nos tempos em que os livros mais antigos sobre a ‘Revolta de Princesa’ praticamente sumiram das livrarias, é possível encontrar uma obra rara, aqui na cidade, escrita por quem acompanhou de perto, como co-participante indireto, os acontecimentos daquele episódio que inseriu definitivamente Princesa Isabel na História.

Trata-se da “República de Princesa”, de autoria do jornalista, advogado e escritor pernambucano Joaquim inojosa (1901-1987), difusor do movimento modernista no Nordeste nos anos de 1920.

O livro, publicado em 1980 pela Civilização Brasileira em convênio com o Instituto Nacional do Livro/ MEC, pode ser encontrado na Farmácia São José [Zé de Edezel] e na loja Creative Store [Ernesto Mangueira] por R$100.

Esgotada nas livrarias há mais de 20 anos, a obra, segundo o historiador princesense Francisco Florêncio, “é melhor livro sobre o assunto”.

São cerca de dez exemplares, em bom estado de conservação, adquiridos em três anos de garimpagem em sebos e antiquários do país.

“O mal estar aumentou pelo fato dos índios terem sido presos quando atendiam a chamado das autoridades”

Otávio Sitônio Pinto*

Sete índios estão presos no Rio Grande do Sul, em Faxinalzinho, a 453 km ao norte de Porto Alegre – o antigo Porto dos Casais, da época da colonização. Ou o tempo da colonização não passou? Os índios foram presos como acusados de matarem dois brancos – os irmãos Anderson e Alcemar de Souza. A morte dos invasores se deu a 28 de abril deste ano. Os brancos são invasores históricos daquele espaço. Quando os índios chegaram à América, não havia ninguém na terra das palmeiras. Eles tomaram posse da terra sem violência, sem expropriá-las de quem quer que fosse. Depois, chegaram os brancos barbados. Tomaram seu chão, mataram seus varões, fizeram suas cunhãs de escravas sexuais.

Os sete índios da tribo kaingang não estão respondendo ao inquérito em liberdade, como os brancos têm direito. Quiçá porque os índios não façam jus a Lei Fleury – não tenham endereço reconhecido, nem profissão, e porque ofereçam periculosidade. A Lei Fleury foi votada às pressas, durante a ditadura militar, para evitar que o delegado Sérgio Paranhos Fleury, um notável torturador, fosse para a cadeia, acusado de ter exterminado algumas dezenas de presos comuns. Um desses presos fingira-se de morto e escapou. Depois, abriu a boca. “Foi Fleury”, disse o sobrevivente do massacre.

E o Congresso votou uma lei para o torturador e exterminador não ir para a cadeia. Há 26 anos que a ditadura terminou e a lei continua em vigência. Ela reza que o acusado de crime responderá ao inquérito em liberdade, desde que não tenha antecedentes, mas endereço e profissão, e não constitua obstáculo ao desenrolar do inquérito ou processo, nem represente ameaça às testemunhas.

Os sete kaingangs estavam participando de uma reunião na Câmara Municipal de Faxinalzinho, convocados pelas autoridades, para se resolver um conflito de terras entre a tribo de índios e a tribo de brancos. Foram presos pela Polícia Federal, em cumprimento a um mandato de prisão da Justiça dos brancos. A pendência envolve 2.700 hectares de terras em Faxinalzinho, onde moram 2.587 caras pálidas. Na reserva invadida, habitam, há milênios, 1.500 índios.

O mal estar aumentou pelo fato dos índios terem sido presos quando atendiam a chamado das autoridades – inclusive do Ministério Público – como se tivessem caído numa arapuca. Entre os presos está o cacique da tribo kandóia, Deoclides de Paula. Os índios haviam feito uma convocação de milhares de indivíduos, para protestar contra as prisões, mas desistiram, para não acirrar os ânimos.

Eram mais de 1500, antes de serem mortos e escravizados pelos invasores. No começo, eram só portugueses; depois chegaram outros europeus – italianos, alemães, espanhóis – e árabes e judeus, e uns poucos escravos negros (o Rio Grande do Sul tem apenas 2% de negros na sua composição étnica, o mesmo percentual da Amazônia).

Os caras-pálidas foram buscar escravos até no aldeamento de Sete Povos das Missões, uma reserva criada pelos jesuítas no noroeste do Rio Grande do Sul, não muito longe da área em disputa. Na sua maioria, os índios eram guaranis – etnia que se estende por todo o sul do Brasil, Mato Grosso, Paraguai, Uruguai e Argentina. Seu idioma é do mesmo ramo linguístico do tupi, o que deu origem à expressão equivocada de “tupi-guarani” como a língua falada por índios do Brasil e dos países platinos.

Não só a área de Faxinalzinho, mas todo o território brasileiro foi tomado violentamente aos índios. Os terrenos do Congresso, dos Palácios da Alvorada e do Planalto, dos tribunais superiores, das embaixadas, da Catedral de Brasília, todos pertenciam aos índios. Antes dos europeus chegarem, exatamente mil povos indígenas ocupavam Pindorama. Hoje, só restam 182 etnias. Foram exterminados 818 povos. O genocídio continua, e os caras-pálidas querem indenização pelas áreas que tomaram aos índios. Só falta cobrarem a munição que gastaram para matar os legítimos senhores da terra.

*Jornalista, escritor, poeta, ensaísta, publicitário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia Paraibana de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.